O Portal do Norte do Paraná
Paraná

Viapar fecha acordo para pagar R$ 500 milhões por corrupção no pedágio

A concessionária de pedágio Viapar fechou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná concordando em ressarcir os cofres públicos em R$ 500 milhões, por conta das irregularidades denunciadas na operação Integração, fase da Lava Jato que investiga um esquema de pagamento de propina a agentes públicos do Estado. No início do mês, outra concessionária, a Rodonorte, já havia fechado acordo com a força-tarefa da Lava Jato, se comprometendo a ressarcir o Estado em R$ 750 milhões. Com os acordos, as empresas evitam ficarem impedidas de promoverem novos contratos com o poder público. Ambas as negociações ainda dependem de homologação da Justiça Federal. O MPF não confirmou oficialmente o acordo.

Assim como no caso da Rodonorte, o ressarcimento dos prejuízos causados pela participação da Viapar no esquema será feito através do pagamento de multas, redução de tarifas do pedágio e realização de obras nas rodovias previstos no contrato original.

No caso da Rodonorte, além de reconhecer os crimes praticados, apresentar informações e provas relevantes sobre a participação de terceiros nos crimes e de efetuar o pagamento de multa e ressarcimento de danos, a empresa se comprometeu a implementar medidas especiais a fim de evitar a repetição de condutas similares no futuro. Segundo a denúncia da Lava Jato, as seis concessionárias de pedágio no Paraná pagaram propina a agentes públicos estaduais em troca do cancelamento de obras e aumento de tarifas. As acusações são baseadas nas delações premiadas do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Nelson Leal Júnior, e de executivos das concessionárias.

Denúncia

No último dia 28 de janeiro, a força-tarefa da Lava Jato denunciou o ex-governador Beto Richa (PSDB); seu irmão, o ex-secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José ‘Pepe’ Richa (PSDB) e mais oito pessoas por organização criminosa e corrupção passiva e participação em um esquema que teria recebido pelo menos R$ 35 milhões em propina de concessionárias do pedágio. De acordo com a denúncia, Beto Richa e o irmão comandaram o esquema que teria desviado R$ 8,4 bilhões, através do cancelamento de obras em rodovias e aumento de tarifas no Anel de Integração.

O MPF apresentou ainda uma segunda denúncia, contra os ex-presidentes das concessionárias Econorte, Viapar, Ecocataratas, Caminhos do Parná, Rodonorte e Ecovia, por corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O ex-diretor da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias no Paraná (ABCR/PR), João Chiminazzo Neto, foi denunciado como o principal operador financeiro do esquema. Ao todo foram denunciadas 33 pessoas, entre políticos, autoridades, empresários e agentes públicos.

Fonte: Bem Paraná

Foto: Divulgação

 

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

Postagens relacionadas

Tarifas da Copel ficarão, em média, 10,5% mais caras a partir de 24 de junho no Paraná

Mais 134 casos e sete óbitos pela H3N2 são confirmados no Paraná

Justiça Federal libera R$ 125 milhões para pagamento de débitos judiciais no Paraná

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais