Manifestantes tomaram as ruas de Curitiba na noite de ontem (1) para protestar contra o racismo. O que era para ser um processo pacífico, se tornou uma confusão com vandalismo e depredação do patrimônio público – a bandeira do Brasil hasteada a meio-mastro na frente da sede do Governo do Estado foi arrancada e queimada.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1.200 pessoas participaram das manifestações e cerca de 200 policiais interviram no ato. Um PM teve lesões leves no braço após receber pedradas contra seu escudo. Oito pessoas foram presas e muitas outras foram identificadas em imagens registradas por câmeras de segurança.
Nota da organização
Em nota, a organização do ato contra o racismo afirma que a manifestação foi feita de maneira ordeira e que o vandalismo foi de autoria de infiltrados que desejam a criminalização do movimento. Leia a nota na íntegra:
“A organização do ato CONTRA O RACISMO EM CURITIBA vem a público manifestar que, diferentemente do vinculado nas redes sociais e na imprensa, os manifestantes, além de utilizar proteção para evitar a propoagação da epidemia de COVID-19, comportaram-se de maneira ordeira, em defesa da democracia e contra o racismo!
O ato foi um sucesso. Reuniu muitas pessoas, teve uma atmosfera esperançosa por dias melhores.
Nossa luta é por igualdade, contra o racismo, a violência contra jovens negros nas periferias, a proliferação de grupos que propagam o ódio e o genocidio de brasileiros promovido pela falta de uma política clara de saúde durante esta pandemia.
Infelizmente, no final do ato, em uma dispersão de alguns poucos, houve vandalismo contra o patrimônio público. O que, ao nosso ver, é muito estranho e suspeito e representa a presença organizada de infiltrados que desejam a criminalização do movimento.
O uso de força excessiva por parte da polícia demonstra também a incapacidade de diálogo e a opção pela agressão.
Conclamamos a união de curitibanos de forma individual ou através dos movimentos sociais para a defesa da democracia contra o racismo.
Assinam esta nota
Movimento Feminista de Mulheres Negras, Bando Cultural Favelados da Rocinha FAVELA, União da Comunidade dos Estudantes e Profissionais Haitianos ( UCEPH), J23 – Juventude do Cidadania, Rede nenhuma Vida a Menos, Apoio do Grupo Dignidade e da Aliança Nacional LGBTI+ e Coletivo Enedina da UTFPR”
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