Após analisar os dados sobre sarampo de 194 países nos anos de 2017 e 2018, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) emitiu um alerta na última quinta-feira (28) sobre o aumento de casos da doença no mundo. Segundo o órgão, há um surto global puxado por dez países que tiveram aumento nos registros no período. Entre eles, está o Brasil, que obteve o certificado de erradicação da doença há três anos e estava sem registros até 2017, mas superou os 10,2 mil casos no ano passado.
A entidade diz que 98 países reportaram mais casos da doença no ano passado do que em 2017 e dez foram responsáveis por mais de 74% do aumento dos registros no mundo: Ucrânia, Filipinas, Brasil, Iêmen e Venezuela foram os países que tiveram o crescimento mais expressivo no número de ocorrências da doença na comparação entre os anos de 2017 e 2018. Campanhas de vacinação estão sendo conduzidas em alguns desses países.
Os dados de 2019 também foram destacados pela entidade. De acordo com o Unicef, no ano passado, a Ucrânia registrou 35.120 casos. Neste ano, já há o registro de 24.042 pessoas infectadas pelo vírus. No caso das Filipinas, até 18 de fevereiro, houve 12.736 casos da doença e 203 mortes. Em todo o ano passado, foram 15.599 registros.
A doença, segundo o órgão, é altamente contagiosa e a pessoa pode ser infectada até duas horas depois que outra com o vírus ter saído do local. O risco maior é para crianças malnutridas e bebês que ainda não foram imunizados. Não há tratamento para o sarampo.
A vacina deve ser aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e a outra, aos 15 meses. Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que não foram vacinadas devem tomar duas doses. Para pessoas de 10 a 29 anos, a indicação é de duas doses. Quem tem entre 30 e 49 anos, só precisa tomar uma dose da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola).
Paula Felix /Agência Estado
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