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Um mês após incêndio, Ninho do Urubu é liberado

Flamengo obteve liminar da Justiça para reabrir o Centro de Treinamento, que estava fechado desde o último dia 27.

 

Pouco mais de um mês após a tragédia que vitimou 13 adolescentes, o Flamengo conseguiu uma liminar da Justiça para reabrir o Centro de Treinamento (CT) George Helal, o Ninho do Urubu. O CT fica em Vargem Grande, zona oeste do Rio, e estava fechado desde 27 de fevereiro por determinação da Justiça. O fechamento ocorreu porque havia pendências no alvará de licença e habite-se junto à prefeitura.

Segundo a decisão da Justiça, estão liberados o uso dos campos de treinamento, da academia, e a sede administrativa. O refeitório também está liberado, mas não se pode cozinhar no local. Não está permitido o pernoite no Ninho do Urubu.

No dia 8 de fevereiro, um incêndio destruiu o alojamento das categorias de base do futebol do clube. Dez atletas, todos adolescentes, morreram e três ficaram feridos. A área incendiada, conforme a prefeitura do Rio, não constava como destinação de alojamento em projetos aprovados pela Secretaria de Urbanismo.

Traumas

Jhonata Ventura, que teve 30% do corpo queimado, continua internado em uma clínica particular, depois de ter passado um período no Hospital Pedro II, especializado em queimaduras. Dois feridos Cauan Emanuel e Francisco Dyogo receberam alta na primeira quinzena de fevereiro.

A tragédia acendeu a luz de alerta sobre a infraestrutura e as condições dos centros de treinamento e alojamentos destinados aos atletas no país. No caso do Ninho do Urubu, as investigações apontam que o incêndio começou a partir do curto-circuito no sistema de ar-condicionado do alojamento.

Como o incêndio ocorreu por volta das 5 horas, muitos jovens estavam dormindo. Sobreviventes relatam o esforço para chamar os colegas que tinham o sono pesado, dez não conseguiram escapar das chamas.

No dia em que se completou um mês da morte dos atletas, o Flamengo reuniu parentes das vítimas, sócios e funcionários em uma missa na sede do clube. O celebrante foi o padre Waldecir Gonzaga Vigário, da Paróquia de São Judas Tadeu, que é padroeiro do clube.

Indenização

O Flamengo chegou a um acordo de indenização com apenas uma família dos dez mortos. O clube alega questões de segurança para não divulgar valores nem o nome da família. O clube informou que a negociação com as outras famílias continua. A oferta inicial do clube foi entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, além de um salário mínimo mensal por 10 anos para cada família.

Informações da Agência Brasil

Foto: Sergio Moraes/Reuters/Direitos reservados

 

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