Inquérito policial foi concluído na quarta-feira (10). Investigados participaram de ação que apreendeu quase R$ 900 mil em dinheiro, em novembro de 2018.
Treze guardas municipais de Londrina, no norte do Paraná, foram indiciados nesta quarta-feira (10) por desviar dinheiro após uma ação da corporação que apreendeu mais de R$ 850 mil, em novembro de 2018.
Dos 15 guardas inicialmente suspeitos, dois não foram indiciados porque, conforme as investigações, eles não chegaram a receber o dinheiro. Todos estão soltos.
De acordo com a Polícia Civil, os treze agentes vão responder pelo crime de peculato, que é o desvio de dinheiro feito por funcionário público. Oito deles vão responder ainda por fraude processual porque, segundo as investigações, eles participam da revista no carro e na divisão do dinheiro.
Um vídeo que faz parte do inquérito e foi entregue à Justiça mostra a contagem do dinheiro, que foi apreendido em um carro após uma abordagem da Guarda Municipal (GM), em 13 de novembro do ano passado.
A polícia concluiu que a quantia apreendida foi maior, estimada em R$ 1,5 milhão. Conforme a investigação, a diferença teria ficado com os 13 guardas municipais.
O delegado operacional Willian Douglas Soares, responsável pelas investigações, disse que cinco agentes que colaboraram com as investigações tinham recebido, aproximadamente, R$ 20 mil cada, somando R$ 100 mil.
“Todo o restante foi dividido entre os outros oito guardas que, numa operação matemática, se de fato havia R$ 1,5 milhão, estamos falando de aproximadamente R$ 60 mil a R$ 70 mil aproximadamente”, detalhou.
De acordo com Soares, quatro guardas devolveram R$ 80 mil em espécie. Um quinto, disse que queimou o dinheiro.
Um dos guardas ainda foi indiciado por tráfico de drogas. Durante cumprimento de mandados, a polícia encontrou na casa dele lança perfume, maconha e cocaína.
A defesa dos guardas municipais disse que não acredita nas investigações e nas conclusões do inquérito.
Alegou ainda que, a cada dia, a Polícia Civil traz novas nuances sobre o caso e que ainda não concluiu o inquérito interno, mas afirmou que ele revelará, exatamente, quem ficou com o dinheiro desviado.
Outras apurações
A origem do dinheiro é alvo de um outro inquérito, que está em andamento na Polícia Civil.
Há ainda um processo administrativo, em andamento na Corregedoria da GM, contra os 15 agentes suspeitos. Catorze deles estão afastados do serviço e recebendo salários. Um está em atividade.
Segundo o Secretário Municipal de Defesa Social Pedro Ramos, a Corregedoria deve concluir os depoimentos em uma semana.
“Depois serão abertos os prazos para as defesas apresentarem as suas alegações finais. No máximo em 30 dias, nós devemos estar concluindo esse processo. E ele vem para a Secretaria para a tomada de decisão”, explicou Ramos.
Via G1
Foto: Guarda Municipal de Londrina/Divulgação
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