Paraná investe cada vez mais na descentralização do atendimento aos doentes, principalmente por meio de informação oferecida à população e capacitação do pessoal da área da saúde.
A hanseníase, doença que afeta os nervos e a pele, antigamente conhecida como lepra, tem cura e o tratamento é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Paraná investe cada vez mais na descentralização do atendimento aos doentes, principalmente por meio de informação oferecida à população e capacitação do pessoal da área da saúde.
Uma grande preocupação é que o número de casos no Paraná vem caindo rapidamente, revela a enfermeira Jaqueline Finau, coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria da Saúde. Segundo ela, embora pareça, esta não é uma boa notícia. “Quando os doentes recebem o diagnóstico já apresentam sequelas muitas vezes severas, indicando que a doença continua ativa e que os casos estão, na verdade, sendo detectados tardiamente”, avalia.
Diagnóstico precoce
A questão é que, por conhecerem pouco sobre a hanseníase, as pessoas acabam demorando para procurar atendimento médico. E é justamente o diagnóstico precoce que faz a diferença.
Embora a hanseníase seja contagiosa, uma pessoa doente deixa de contaminar outras pessoas assim que tomar a primeira dose do remédio. Portanto, alerta a coordenadora, “é muito importante que o tratamento seja feito corretamente até o final para evitar que a doença volte”.
Sintomas
A hanseníase afeta os nervos e a pele. As áreas mais atingidas são os braços, pernas, mãos, pés e a face. Quando não tratada ocorre comprometimento de nervos, músculos e perda da sensibilidade, levando a problemas físicos que podem ser permanentes e incapacitar a pessoa para realizar atividades básicas do dia a dia.
Os sintomas mais frequentes são manchas claras, avermelhadas ou marrons com perda ou alteração de sensibilidade, caroços dolorosos, áreas que não suam ou que perdem pelos.
Pode haver sensação de formigamento, fisgadas em punhos, cotovelos e tornozelos, ressecamento de olhos e narinas a ponto de apresentarem feridas. A transmissão ocorre pelo ar, através da fala, espirro ou tosse, mas para isso acontecer é preciso um contato próximo e prolongado com pessoas que não fizeram tratamento.
Ocorrência
No Paraná, em 2018, foram registrados 534 novos casos da doença. O mais grave é que 13% destes casos já foram detectados com incapacidades físicas severas.
A medicação é feita com comprimidos tomados diariamente durante 6 a 12 meses, dependendo da gravidade da doença. Enquanto não é tratada, a doença continua sendo transmitida para outras pessoas.
Informação
A hanseníase é silenciosa e pode demorar anos para apresentar os primeiros sintomas. Por isso é tão importante estar sempre atento aos sintomas, que podem facilmente passar despercebidos, ou ser confundidos com problemas passageiros. “A melhor forma de prevenção é estar informado e atento a si mesmo”, reforça a coordenadora. “A qualquer sintoma ou sinal da doença, deve-se procurar o sistema de saúde mais próximo”.
Com informações da Agência de Notícias do Paraná
Foto: Arquivo/ANPr
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