Terezinha de Jesus Guinaia foi presa ontem (30) pela participação na morte e ocultação do cadáver da neta, Eduarda Shigematsu. Ela deve permanecer na prisão por 30 dias. O crime foi cometido pelo pai da menina, Ricardo Seidi Shigematsu, e segundo as investigações a avó não só sabia do crime, como ajudou.
Ontem à noite a avó prestou depoimento na delegacia de Rolândia, onde recebeu voz de prisão. O delegado da cidade, Bruno Rocha, afirmou que a avó negou envolvimento no caso. “A prisão é temporária e foi baseada no depoimento do próprio filho”, disse ele. Ricardo disse que a mulher estava ciente do que havia acontecido com Eduarda.
A prisão de Terezinha foi decretada porque havia o risco de que ela fugisse da cidade, o que atrapalharia o andamento da investigação. Ela ficará presa em uma carceragem de Londrina. Durante o depoimento e retirada da mulher da delegacia, uma multidão do lado de fora gritava por “justiça para Eduarda!” e chamava a avó de assassina. Foi necessário reforço da Polícia Militar para que a mulher fosse transportada.
Entenda o caso
Eduarda desapareceu na quarta-feira (24) da semana passada. Câmeras de segurança da casa de uma vizinha registraram o momento em que a menina chegou da escola e entrou em sua casa. Depois disso ela não foi mais vista. Terezinha havia registrado um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento.
População, imprensa e policiais de toda a região estavam mobilizados na busca pela menina e o Sicride investigava o desaparecimento. No domingo (28), a polícia recebeu uma denúncia anônima e encontrou o corpo de Eduarda enterrado no quintal de uma residência da família que não era utilizada. Ricardo, o pai, confessou a ocultação do cadáver e foi preso.
Em depoimento, ele afirmou que havia encontrado a menina enforcada no quarto e em um momento de desespero decidiu ocultar o corpo. Segundo ele, Terezinha sabia o tempo todo sobre o crime. Entretanto, o laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que Eduarda morreu porque foi esganada, contrariando o depoimento do pai.
Com o resultado, a prisão temporária de Ricardo por homicídio qualificado foi pedida pelo delegado Bruno Rocha. O pedido foi aceito pela Justiça ontem (30). A prisão é válida por 30 dias. Ricardo está na PEL I, em Londrina, em uma cela por seguro, junto a outros quatros presos que cometeram crime hediondo da mesma natureza.
A Polícia Civil segue com as investigações.
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