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Técnicos recolhem vestígios e partes do avião de Marília Mendonça para investigação

Os dois motores do avião foram encontrados em pontos em frente de onde ocorreu a queda. Um deles estava no meio da mata, a 200 metros do bimotor.

Um delegado que investiga o caso gravou um vídeo. “O outro motor caiu no meio da mata, localizando ele aqui agora”, disse o delegado.

Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Rio de Janeiro, chegaram ao local do acidente no começo da manhã deste sábado (6). A equipe usou um drone para registrar imagens da área do acidente.

O Cenipa informou que peritos já retiraram todos os vestígios de dentro do avião que vão ajudar nas investigações. Agora, os investigadores vão acompanhar a retirada do bimotor, um trabalho que é de responsabilidade da PEC Taxi Aéreo. O avião vai ser levado para o aeroporto em que deveria ter pousado e depois será definido onde ocorrerá a perícia.

Segundo o Cenipa, o avião não tinha caixa-preta. “Essa aeronave não requer caixa-preta, então já foi confirmado, ela não tem esse equipamento. Esse geolocalizador dá pontos de coordenadas geográficas, posições no terreno, onde essa aeronave pode ter passado”, afirmou o tenente-coronel Oziel Silveira, do Serviço de Investigação de Acidentes Aéreos.

Todos os pertences foram entregues aos advogados de Marília Mendonça.

Os peritos e os bombeiros tiveram muita dificuldade para acessar o interior da aeronave porque as pedras estavam escorregadias.

Amarrados a cordas, eles retiraram as bagagens das vítimas: documentos, celulares, a bolsa de Marília Mendonça, o violão dela e uma agenda com anotações.

“A gente não chegou a ler, está muito molhado, a gente evitou abrir para não estragar. Vamos esperar secar para ter acesso. A família vai querer essas lembranças. Recuperamos alguns celulares. Alguns celulares intactos. E o que mexeu com a gente é que o celular de uma das pessoas estava intacto e tinha várias mensagens do pai e de amigos”, contou Maurício Carvalho, advogado da família de Marília Mendonça.

O modelo do bimotor tem capacidade para seis passageiros. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo.

O avião decolou de Goiânia com destino a Caratinga, a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte.

A Companhia Energética de Minas Gerais informou que o bimotor que transportava a cantora e as outras quatro vítimas do acidente atingiu um cabo de uma torre de distribuição, antes da queda. O avião caiu 500 metros adiante. E a distância dessa torre de transmissão para o aeroporto é de cinco quilômetros.

Especialistas em aviação consideram que depois de bater no cabo da torre de distribuição, o avião perdeu rapidamente a velocidade e a sustentação e caiu de forma brusca.

Em nota, a Cemig declarou que a linha de transmissão atingida pelo avião está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de uma portaria especifica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, o Decea, do comando da Aeronáutica, e que a Cemig segue rigorosamente as normas técnicas e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.

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