O empenho da senadora Simone Tebet (MDB) no segundo turno da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva fez o presidente eleito e dirigentes do PT dizerem que ela teria o espaço que quisesse no futuro governo. Um mês e meio depois da vitória, Lula e Simone ainda não conversaram e a ausência da senadora na primeira leva de ministros anunciados, na semana passada, chamou a atenção.
Simone é pressionada por integrantes do PT a abrir mão da preferência pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que abriga o Bolsa Família, bandeira do governo Lula. Ela tem indicado, porém, que não aceitará um “cargo decorativo”.
Diálogo
A interlocutores de Lula, Simone disse que só faz sentido integrar um governo com o qual não tem completa afinidade política se for em uma posição onde tenha voz. A situação terá de ser arbitrada pelo presidente eleito, que decidirá se desagrada ao PT ou se perde Simone no seu futuro governo.
A perspectiva de não ter a senadora na Esplanada preocupa parte dos petistas, para quem a ausência será lida como uma desconstrução do arco de aliança que apoiou Lula. Por isso, o nome dela é avaliado para outras posições.
A aproximação com Simone começou logo após o primeiro turno, quando os dois se reuniram e ela anunciou apoio ao petista. A participação na campanha não ficou limitada à declaração de voto. Simone se engajou na campanha e foi um trunfo importante.
A presença da senadora nos atos de campanha foi usada para simbolizar que Lula tinha conquistado uma frente ampla de apoio. Ela também se tornou uma rara voz crítica na campanha e ativista no convencimento de indecisos, em eventos com empresários, CEOs, banqueiros e também de eleitores de classe média do Sudeste.
Com informações:Bem Paraná
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