A Justiça mandou soltar os quatro homens, entre eles um sargento do Exército, que foram presos suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma jovem de 19 anos em Apucarana, no norte do Paraná.
Os suspeitos foram soltos no sábado (29) após pedido do advogado à Justiça. De acordo com a delegada Sandra Nepo, a defesa alegou que os clientes podem aguardar o fim das investigações em liberdade porque todos têm empregos e endereços fixos e também já foram ouvidos pela polícia.
Desde o início a defesa nega as acusações de estupro.
“O Ministério Público vai recorrer desta decisão. Os quatro homens confessaram o crime, não podemos deixar eles serem soltos desta maneira”, disse a delegada.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, o estupro coletivo ocorreu depois que a garota foi abordada pelo suspeitos em uma rua, na madrugada do dia 23 de julho. Uma câmera de segurança registrou o momento em que ela foi parada pelo carro ocupado pelos quatro homens.
Os quatro investigados, entre eles um sargento do Exército, foram presos temporariamente nos dias 14 e 18 de agosto. Em depoimento à polícia, disseram que o ato foi consensual.
A vítima tem 19 anos e tem problemas cognitivos. Segundo a família, por causa disso, a idade mental da garota é de uma criança de 9 anos. Ela frequenta a Apae e toma remédios controlados.
Conforme a Polícia Civil, depois de ser estuprada em um terreno baldio, a jovem foi abandonada pelos investigados em uma rua.
A mãe da garota contou que a filha teve um surto, saiu de casa e desapareceu horas antes de ser parada pelo suspeitos.
“Na hora que ela saiu, por volta de umas 23h30, ligamos para a Polícia Militar. Ficamos horas procurando, mas não a encontramos. Na manhã do dia seguinte, um jornalista aqui da cidade encontrou ela na rua, ligou para a polícia e depois me ligou”, lembrou.
Inquérito
Sandra Nepo, delegada responsável pelo caso, informou que vai pedir a prorrogação do prazo para conclusão das investigações. O período para finalização do inquérito vence em sete dias, mas ela deve pedir mais 30 dias.
“Solicitei diversas perícias que ainda não foram concluídas. A vítima será submetida a uma perícia psiquiátrica e algumas testemunhas ainda serão ouvidas”, detalhou.
Informações: G1 Paraná
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