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Setor de eventos no Paraná ganha novo fôlego com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras

O mercado de eventos ganhou um novo fôlego e viu o processo de retomada, principalmente nos segmentos de entretenimento e eventos sociais, ser acelerado na última semana, após o Governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba anunciarem o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados — salvo algumas poucas exceções, que podem ser conferidas abaixo. É o que relatam empresários e representantes do setor consultados pelo Bem Paraná.

O que nós conseguimos notar é que realmente houve uma aceleração diferenciada no que se refere aos eventos, especialmente eventos sociais, entretenimento”, comenta Fabio Skraba, presidente da seccional paranaense da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-PR). “Eu senti que voltar, voltar mesmo, está voltando agora. Por mais que já tivesse liberação [para a realização de eventos], ainda tinha bastante gente com receio. Com a queda da máscara que voltou mesmo”, complementa Marcela Silva Brasil, proprietária da In Love Eventos.

Sócio-administrador da Presller Gastronomia, Thiago Augusto Muller da Cruz ressalta que o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, ao lado de medidas como a liberação de pistas de dança e horários estendidos para finalizar o evento, gerou mais ânimo e alívio para os clientes, que se sentem mais seguros e confiantes neste momento. Tal cenário, aliado ainda a uma demanda reprimida após dois anos de pandemia e isolamento social mais rígido, tem gerado uma demanda extraordinária para o setor, que foi um dos mais impactados pelos efeitos colaterais da crise sanitária.

Nas últimas semanas a procura aumentou em torno de 80% em relação às primeiras semanas de 2022. A procura por degustações e orçamentos como um todo aumentou substancialmente”, afirma Cruz, num relato parecido com aquele dado pela empresária Marcela Brasil. “A última semana foi bem boa. O que estava fechando num mês [de contratações de eventos] eu fechei em uma semana. Mais do que para casamento, o infantil eu senti que está voltando com muita força”, aponta ela.
A procura, inclusive, tem sido tão grande que quem quiser realizar um evento social já deve começar a se programar. É que em 2020 e 2021 houve muitos adiamentos e grande parte desses eventos estão sendo entregues agora, o que está, nas palavras de Skraba, ‘encavalando’ o calendário nos espaços de eventos como um todo. Na Presler Gastronomia, por exemplo, a agenda para 2022 já está praticamente fechada e a procura por orçamentos para 2023 e 2024 cresceu consideravelmente.

Nossa agenda está praticamente lotada e a procura e fechamentos para os anos seguintes está a todo vapor”, diz Cruz, em fala reforçada ainda pelo presidente da Abeoc, que reforça a necessidade daqueles que querem realizar um evento em já começar a se planejar. “Quem quer ter um evento tem de correr, verificar questão de espaços e agendas. Para ter ideia, em Curitiba já captamos eventos para 2025 e no segundo semestre de 2022 começamos a buscar para 2026. Segundo semestre de 2022, mais acentuado em 2023, esperamos voltar a impactar toda a cadeia, todas as atividades econômicas que envolvem nosso setor”, celebra Skraba.

Preços em alta e mão de obra em falta

Ao mesmo tempo em que a demanda por eventos voltou a crescer, o setor tem tido algumas dificuldades que ainda são reflexos da pandemia.

Uma delas é a escassez de profissionais: como o mercado de eventos ficou muito tempo parado ou com atuação restrita e muitas empresas tiveram de fechar as portas, durante o período mais agudo da crise sanitária muitos profissionais que atuavam na área tiveram de migrar para outros setores da economia.

Com uma escassez de profissionais, comenta Fabio Skraba, presidente da Abeoc-PR, já se observa um aumento de preço na prestação de serviço como um todo das 52 atividades que compõem a cadeia de eventos. “Todo o universo da cadeia de eventos teve reajuste pela escassez de mão de obra”, diz Skraba.

Aos poucos os profissionais estão voltando para suas atividades de origem, voltando pra cadeia de eventos.
Eventos sociais, buffets, gastronomia, são categorias mais adiantadas. Mas montadores, audiovisual, iluminação, ainda está voltando aos poucos”, explica.

Com informações:Bem Paraná

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