O processo que apura o desvio de vacinas contra a Covid-19 em Apucarana pela falsa enfermeira Silvânia Regina Ribeiro Del Conte está se aproximando da fase final. De acordo com o juiz responsável pelo caso Oswaldo Soares Neto, a expectativa é de que a sentença possa ser proferida dentro de até 30 dias.
“Foram ouvidas as testemunhas do Ministério Público, as testemunhas de defesa e interrogados 13 réus, a exceção do servidor denunciado. Foram solicitadas algumas diligências finais pelo Ministério Público e pelas Defesas que devem ser concluídas no prazo de 10 dias. Em seguida, o processo vai para alegações finais do Ministério Público pelo prazo de 10 dias e depois para as Defesas também por 10 dias. Após as alegações finais, o processo vai concluso para sentença“, explicou o magistrado.
Na semana passada, a promotora Fernanda Lacerda Trevisan Silvério informou que houve instrução do processo onde foram ouvidas, além de Silvânia, outras duas testemunhas de defesa dela. Já na sexta-feira (15), Dr. Oswaldo realizou interrogatórios de 12 pessoas que supostamente foram beneficiadas com aplicação de vacinas e também de Silvânia, que deu detalhes a respeito do desvio das doses.
Durante o interrogatório ao juiz, a ré disse que nunca teria se apresentado como enfermeira ou como técnica de enfermagem para trabalhar como voluntária na vacinação em Apucarana.
RELEMBRE O CASO
A Polícia Civil de Apucarana apreendeu na tarde do dia 15 de maio deste ano, ampolas de vacinas contra covid-19 na casa de uma falsa enfermeira suspeita de ter desviado o material de rede pública de saúde para vender as doses a pessoas que não fazem parte do público alvo da campanha. Na casa da mulher, foram apreendidos também carteirinhas de vacinação, celulares e seringas.
A mulher foi presa e encaminhada a 17 Subdivisão Policial de Apucarana. Ela trabalhou como voluntária na campanha de vacinação contra covid-19 até ser afastada após ser alvo das denúncias.
Durante o cumprimento da determinação judicial, as doses de vacina foram apreendidas (um frasco da Astrazeneca, com cinco doses; um de CoronaVac com um número ainda não determinado de doses e um vazio) e a falsa enfermeira foi presa em flagrante pelo crime de peculato, podendo responder também pelos crimes de falsidade ideológica e infração de medida sanitária.
Segundo o delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, a falsa enfermeira atuou como voluntária na campanha de vacinação desde 16 abril lotada na parte interna do Ginásio de Esportes Lagoão.
Em depoimento, ela admitiu o desvio das vacinas, mas negou ter vendido o imunizante que teriam sido desviados para imunizar uma família próxima a detida.
Via:Tn Online
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