A saída de ônibus da garagem da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) foi bloqueada por manifestantes que aderiram à greve geral na manhã desta sexta-feira (14). A greve nacional levanta bandeiras contra a Reforma da Previdência e pela educação pública no país. Entidades sindicais, estudantes e movimentos sociais de Londrina se articularam para participar da greve.
Ontem (13) o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Londrina e Região (Sinttrol) anunciou que os trabalhadores rodoviários decidiram espontaneamente dar apoio à greve geral.
Segundo informações de funcionários da TCGL, cerca de 30 ônibus da frota do “corujão”, que circula durante a madrugada, trafegavam nas primeiras horas do dia. Os veículos da Londrisul circulam normalmente pelo Terminal Central. A empresa faz os itinerários das áreas rurais da cidade. Segundo as últimas informações, apenas 54 ônibus estão nas ruas, entre os 277 que circulam durante as manhãs.
Na quarta-feira (12), uma decisão judicial da 3ª Vara do Trabalho determinou a livre circulação dos ônibus na cidade durante a greve, atendendo a ação da TCGL. O Sinttrol havia manifestado apoio à greve e comunicado que os ônibus parariam em apoio ao ato. A ordem judicial impede o bloqueio das entradas das garagens e impedimentos no funcionamento do transporte por parte do Sindicato.
O Sinttrol tentou derrubar a ordem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em nota, o sindicato informou que, “a exemplo do que fizemos na paralisação de 2017, com a instauração de um dissídio coletivo preventivo de greve, o mesmo foi feito agora em relação ao protesto nacional (greve geral) contra a reforma trabalhista, que ocorrerá nesta sexta.
Na outra greve de 2017, nós conseguimos uma decisão favorável do Tribunal (TRT), inclusive com autorização para pararmos 100% da frota, desde que fosse até o meio-dia, entretanto, para esta greve de agora, nós não tivemos o mesmo resultado na Justiça do Trabalho.
O Sinttrol foi notificado sobre decisões proibitivas, que impedem a nossa presença em piquetes e proíbe a obstrução das entradas e saídas dos ônibus, bem como outras atitudes que impeçam ou dificultem a livre circulação nas vias públicas, sob pena de multa de R$ 200.000,00. Essas decisões judiciais impedem somente a Diretoria do Sinttrol e o trabalhador do transporte coletivo, como se todos podem menos nós!”
A qualquer momento traremos informações atualizadas sobre a greve.
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