O jogador Vinícius Corsini, de 28 anos, que confessou ter matado o empresário José Danilson Alves de Oliveira, dirigente de futebol do Clube Nacional de Rolândia, no norte do Paraná, a facadas, foi transferido da cadeia para um presídio de Londrina.
O nome do presídio não foi divulgado, segundo a polícia, por questões de segurança. O G1 tenta localizar a defesa do jogador.
Danilson tinha 58 anos e foi esfaqueado no dia 16 de setembro, no Centro da cidade, após uma discussão com o jogador. Corsini tentou fugir do local após o crime, mas foi detido por populares.
Ainda conforme a Polícia Civil, ele deve ser indiciado por homicídio. Essa não foi a primeira vez que o jogador teve problemas com a polícia. Quando era adolescente foi apreendido por roubo e posse de drogas.
Depoimento
A Polícia Civil disse que Corsini teve o contrato com o clube rescindido no início do ano. A defesa dele disse que vai aguardar o avanço das investigações, mas adiantou que a motivação do crime não está ligada ao contrato, demissão, convocação ou outro motivo relacionado à profissão do jogador.
Em depoimento, Corsini disse que estava revoltado porque certa vez viu o empresário conversando de forma maliciosa com a mãe dele.
A mãe do jogador prestou depoimento na segunda-feira (21) e, segundo a Polícia Civil, confirmou a versão do filho. Ela disse que o dirigente do clube estava “dando em cima dela”.
Ainda no depoimento prestado à Polícia Civil, o suspeito afirmou que depois de ver a conversa entre o José Danilson e a mãe, o ódio que sentia do empresário aumentou ao conviver com ele.
O rapaz afirmou ao delegado que recebeu R$ 2 mil do dirigente para “esquecer o que tinha acontecido”. Mesmo depois de aceitar o pagamento, ele continuou jogando no Nacional de Rolândia.
A versão coincide parcialmente com o relato de uma testemunha. Essa pessoa disse que o jogador passou a exigir dinheiro de José Danilson e que não havia nenhum envolvimento do empresário com a mãe do jogador.
O presidente do Nacional de Rolândia efetuou o pagamento na tentativa do suspeito “parar de incomodar”.
A suposta motivação passional não convenceu o delegado Marcos Rubira, que aposta em outra linha de investigação.
“Há indícios que ele [suspeitos do crime] tinha uma mágoa muito grande por ter sido desligado do clube. O jogador não aceitou. A maior motivação seria isso. Algumas pessoas têm dificuldade para receber um não e talvez ele seria uma dessas”, disse o delegado.
No depoimento, o jogador disse que em nenhum momento teve a intenção de matar o presidente do Nacional de Rolândia.
No entanto, para o delegado que investiga o caso, o crime foi premeditado.
“Nada justificaria um crime grave desse. Foram sete facadas. Ele esperou a vítima chegar sozinha no veículo para esfaqueá-la”, afirmou o delegado Marcos Rubira.
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(Via G1 Paraná)