Mais uma jovem que chegou recentemente de Rolândia, em Curitiba, morreu após sobreviver por pouco mais de um mês, após sofrer uma tentativa de homicídio na capital.
Tatiane Matoso da Silva, de 26 anos, foi uma das pessoas baleadas no dia 19 de outubro, durante um tiroteio na Vila Torres, no bairro Prado Velho. Ela estava internada em estado grave na capital, no Hospital Cajuru.
Tatiane conhecia Ana Carla Dallacosta Menezes, identificada por meio de arcada dentária um mês após ser encontrada morta queimada no bairro Rebouças.
De acordo com o delegado Tito Lívio Barichello, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem perdeu os movimentos dos membros superiores e inferiores. Ele esteve no hospital, mas, como Tatiane tinha traqueostomia, não foi possível colher declarações da vítima.
“Estive no hospital tentando conversar. Ela estava tetraplégica, veja o que faz a droga. E estava com traqueostomia, ou seja, aquele tubo saindo da região do pescoço, e não conseguia se comunicar. Nós não temos o interrogatório da Tatiane (ou declarações, porque naquele caso era vítima)”, declarou o delegado, em entrevista para a reportagem da Banda B.
Segundo Barichello, Tatiane seria traficante vinculada ao PGC, sigla do Primeiro Grupo Catarinense, e teria ido de Rolândia para Curitiba com intenção de tirar biqueiras do PCC (Primeiro Comando da Capital na Vila Torres.
A DHPP apura a possível conexão entre as mortes das duas jovens. Inclusive se Tatiane estaria envolvida no assassinato de Ana Carla, no dia 13 de outubro.
“Em termos de homicídio, nunca podemos deixar de lado qualquer hipótese. A possibilidade de Tatiane estar envolvida na morte [de Ana Carla] é uma perspectiva dessa investigação da DHPP, mas nossa equipe tem outras linhas de investigação”
explica o delegado.
Barrichello toma como base o fato das duas serem da mesma cidade e de haver vínculo de amizade entre elas, afirmou ele.
“Coincidências não existem em relação aos homicídios. As duas estão envolvidas com drogas. Tatiane ocupava um cargo muito mais elevado, era traficante, e veio para implantar o poder do PGC na Vila Torres e foi recebida a tiros por traficantes do PCC. São situações diferentes mas a droga permeia toda a investigação.”
Com informações:Banda B
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