Começam neste mês as aulas do Cursinho Especial Pré-Vestibular (CEPV) da UEL para 50 apenados da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) Il, que tem o objetivo de promover a ressocialização e abrir novas oportunidades para internos com segundo grau completo, enquadrados na chamada Unidade de Progressão e que se preparam para o Regime semiaberto.
As atividades serão dadas de segunda-feira a quinta-feira, das 14 às 17 horas. Todo o conteúdo ficará a cargo de monitores do CEPV, estudantes de graduação da UEL, que recebem bolsas para desenvolver a atividade. Segundo a Pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, professora Mara Solange Gomes Dellaroza, as aulas serão ministradas entre julho e novembro, totalizando 24 semanas e 288 horas/aula.
Os apenados também participarão de simulados, testes e preparação de textos, utilizando o mesmo material dos alunos do Cursinho da UEL. O conteúdo abordará as 12 disciplinas do Ensino Médio, distribuídas em dois blocos – Português, Sociologia, Redação, Matemática, Física, Química, Filosofia, Artes, História, Biologia, Geografia e Espanhol.
“Entendemos que a iniciativa representa um apoio da UEL para a reinserção social. Teremos presos que sairão preparados para o mercado de trabalho, abrindo portas para essas pessoas. Esta é verdadeira função da Extensão Universitária”, resumiu a pró-reitora. As aulas do CEPV serão custeadas com recursos do Conselho da Comunidade de Londrina, devidamente autorizadas pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Katsujo Nakadomari.
A solicitação à Universidade ocorreu em maio passado, por iniciativa do diretor da PEL II, Emerson das Chagas, a partir de uma experiência de aulas do cursinho da UEL em 2013, com bons resultados. “O melhor caminho para transformar uma pessoa se dá pela educação”, afirma o diretor. Segundo ele, dos 1.240 apenados da PEL II, cerca de 500 participam de aulas por meio do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA).
De acordo com o diretor, cada 12 horas/aula corresponde a um dia a menos de pena. Ele explica que, caso os apenados tenham êxito no Vestibular, a situação será encaminhada ao Juiz da Vara de Execuções, que pode autorizar a saída para as aulas na Universidade, com monitoramento.
Atualmente, cerca de 30 presos de Londrina estão matriculados no Ensino Superior, a maioria na UEL, sendo que grande parte deles cumpre pena no Centro de Reintegração Social (CRESLON).
Fonte: Agência UEL
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