Pela primeira vez na história, a internet já é acessível em mais de 90% dos lares paranaenses. É o que revelam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, os quais apontam que em 2021 a rede mundial de computadores chegava a 91,3% dos domicílios do Paraná.
Comparando-se os dados do ano passado com os de 2019 (em 2020 esse módulo da pesquisa não foi a campo por causa da pandemia de Covid-19), verifica-se que houve uma alta de 5,3 pontos porcentuais (p.p.) na proporção de lares que tinham acesso à grande rede, com o número de domicílios conectados saltando de 3,41 milhões (86% do total) para 3,71 milhões.
Chama a atenção, ainda, o ritmo com que a acessibilidade avança no estado. Isso porque cinco anos antes, em 2016, pouco mais de sete em cada dez lares paranaenses (71,3%) possuíam conexão com a internet. E com a presença da rede em maior escala, também tem crescido exponencialmente o número de usuários.
Em 2016, 68,7% dos entrevistados haviam utilizado a internet nos três meses anteriores à pesquisa. Extrapolando isso para toda a população com mais de 10 anos, temos que 6,67 milhões de paranaenses utilizavam a internet. Esse número chegou a 7,28 milhões (ou 74,5% da população na faixa etária citada) no ano seguinte, superou a marca dos oito milhões (alcançando 8,18 milhões ou 83%) em 2019 e no ano passado chegou a 8,64 milhões, o que significa que 86,6% da população paranaense com mais de 10 anos de idade havia utilizado a internet num período recente.
Mudança inédita no ranking de dispositivos mais utilizados
A PNAD TIC trouxe ainda uma inédita alteração na lista dos dispositivos mais usados nos domicílios brasileiros para acessar a internet. O celular, é claro, ainda é o principal equipamento de acesso à internet em 99,6% dos lares. Mas a segunda posição agora pertence à televisão (50,2%, com alta de 10,8 pontos percentuais em relação à 2019), que superou pela primeira vez o uso de microcomputadores (48,6%, com queda de 2,9 pontos porcentuais).
Analisando a série desde 2016, percebe-se que houve um ligeiro aumento no uso do celular para acessar a internet (de 96,4% para 99,6%) e um avanço expressivo na utilização da televisão (de 15,9% para 50,2%). Por outro lado, o uso de computadores (de 65,8% para 48,6%) e de tablet (de 17,5% para 9,7%) teve queda relevante.
O rendimento desses domicílios foi maior entre os que utilizavam tablet, R$ 3.179, ante R$ 2.324 dos que utilizavam microcomputador e R$ 2.174 para os que acessam via TV.. Já o menor rendimento, R$ 1.712, é dos que acessam com telefone celular.
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