Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Paraná apresentada ontem (24) pelo deputado estadual Cobra Repórter (PSD) pretende oferecer atendimento psicológico – individual ou coletivo – nos colégios da rede pública estadual de ensino. A preocupação do deputado são os problemas emocionais e psicológicos que atingem estudantes e educadores de escolas públicas nos últimos anos, a exemplo do ocorrido com os autores dos massacres nas escolas de Realengo, na capital do Rio de Janeiro, em 2011, e recentemente em Suzano (SP).
Segundo Cobra Repórter, a exposição de crianças e adolescentes a todo tipo de conteúdo no meio digital, sobretudo com teor violento, e a falta de diálogo familiar alimentam comportamentos nocivos e contribuem para o surgimento desses problemas. “A relação familiar mudou muito, com os pais trabalhando e pouco controle sobre o que os filhos acessam”, explica.
O autor da PEC relata que a situação acaba atingindo os professores, que sofrem desgaste emocional em função da responsabilidade de atender esses alunos. Além disso, ele defende que o apoio psicológico alia-se à educação e possibilita melhores condições de ensino e convívio nas escolas públicas. “Por isso, defendemos o atendimento psicológico anual para alunos e professores”.
Outro ponto da proposta é que, com a atuação dos psicólogos, alguns problemas serão identificados como dificuldades na aprendizagem, depressão, conflitos familiares e de autoestima, abusos, problemas de saúde, entre outros – tanto na vida dos alunos como dos professores.
Se aprovada pela Assembleia Legislativa, a proposta deve ser inclusa no Plano Plurianual (PPA) e passa a valer no mandato do próximo governador (2023-2026). Contudo, a medida pode ser implantada pelo governador Ratinho Junior ainda neste mandato. Outros deputados estaduais apoiam o projeto.
Por Daiane Valentin
Foto: Bem Paraná
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