Um indicador elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon aponta que 47 cidades do Paraná estão entre os municípios brasileiros com as melhores condições de vida para idosos, sendo 19 municípios considerados grandes e 28, pequenos. Chamado de Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), o indicador considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência. Entre as capitais, Curitiba é a quinta colocada no ranking, perdendo para Porto Alegre, São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro. Na lista geral, Curitiba é 12ª colocada e na relação de cidades paranaense, a 1ª.
Outras oito cidades da Região Metropolitana de Curitiba aparecem entre as cidades com melhor IDL. Seis delas são do grupo de grandes cidades: Pinhais (89ª), Campo Largo (113ª), São José dos Pinhais (143º), Colombo (154º), Piraquara (173º), Araucária (177ª). Outras duas são do grupo de municípios considerados pequenos: Campinha Grande do Sul (205ª), Lapa (228ª).
A pesquisa selecionou as mil cidades mais populosas do Brasil e as separou em dois grupos: as 300 maiores e as 700 menores. Devido à falta de dados disponíveis para as análises comparativas, o número de cidades avaliadas caiu de mil para 876, sendo 280 cidades maiores e 596 menores. Para cada grupo, então, foi elaborado um ranking, e o resultado mostra que, em ambos os casos, as dez primeiras posições são ocupadas majoritariamente por cidades paulistas.
Entre as maiores cidades, São Caetano do Sul e Santos lideram a lista, que tem ainda São Paulo na quarta posição, Atibaia, na oitava, Catanduva, na nona, e Americana, na décima. Fora essas, Porto Alegre (RS) aparece na terceira posição, Florianópolis (SC), na quinta, Niterói (RJ), na sexta, e Rio de Janeiro (RJ), na sétima. Já entre os municípios menores, os nove primeiros são cidades paulistas: Adamantina, Vinhedo, Lins, São João da Boa Vista, Itapira, Tupã, Fernandópolis, Votuporanga e Dracena. Esteio, no Rio Grande do Sul, completa o top 10.
O diretor executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Henrique Noya, diz que as cidades mais bem posicionadas da lista não necessariamente são as que têm mais dinheiro disponível para investir. “Passa por uma questão de bom uso dos recursos, mas também pelo foco por naquilo que a gente considera importante para promover qualidade de vida”, afirma ele, que pondera que algumas cidades podem ser consideradas bons exemplos em alguma dimensão específica, apesar de terem uma colocação menos destacada no ranking geral: “Não existe uma cidade perfeita nos sete indicadores. Elas sempre têm alguma coisa para melhorar em algum ângulo”. Um exemplo é São Caetano do Sul, que ocupa a primeira posição no IDL entre as cidades grandes, mas fica na 50ª quando é considerada apenas a dimensão Cuidados de Saúde. Já Campo Largo, no Paraná, que lidera essa dimensão, foi classificada na 113ª posição do ranking geral. As listagens completas de cada dimensão e do ranking geral do IDL podem ser conferidas no site da pesquisa (https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-cidades/idl/).
Henrique Noya lembra que o envelhecimento populacional é uma realidade no país e defende que o tema esteja presente nas eleições municipais deste ano. “É muito importante levar essa questão da mudança demográfica para todos os palanques. Na verdade, a gente vive em cidades e não no país. O núcleo principal da nossa vida é a cidade em que a gente vive”, afirma ele. “Uma cidade que está preparada para oferecer qualidade vida a uma população com mais idade, está muito preparada para oferecer isso a qualquer idade”.
Top do Paraná
Cidades com melhores condições para idosos com colocação no ranking nacional
Cidades grandes
12ª Curitiba
49ª Maringá
51ª Cambé
54ª Londrina
61ª Apucarana
71ª Umuarama
77ª Cascavel
89ª Pinhais
104ª Arapongas
113ª Campo Largo
Fonte:Bem Paraná
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