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Paraná é o terceiro estado com maior número de motoristas com exames toxicológicos positivos, diz levantamento

O Paraná é o terceiro estado brasileiro com maior número de motoristas com exames toxicológicos positivos, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox).

O estado teve 24.458 testes positivos, no período entre março de 2016 e agosto de 2022. Ainda conforme o estudo, São Paulo lidera o ranking, com 64.197 exames positivados, seguido por Minas Gerais, com 32.189.

O teste é exigido para motoristas de categoria C, E (caminhão e carreta) e D (vans e ônibus). O levantamento aponta que quase 60% dos exames com resultado positivo, no período analisado, são de motoristas de vans e ônibus.

De acordo com a legislação, em caso de exame toxicológico positivo, o motorista fica impedido de obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O coordenador do projeto SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, comenta que muitos condutores deixam de renovar a CNH para não passar pelo teste.

A maior parte dos condutores não aparece para fazer o exame. Por isso, temos a chamada positividade escondida, que são milhões de condutores dessas categorias que não renovaram as suas habilitações nas categorias C, D e E, nos últimos 5 ou 6 anos, exatamente em função do exame toxicológico de larga janela”, comentou.

Os motoristas de caminhão, ônibus ou van que não possuem a atualização do exame estão sujeitos a multa de R$ 1.467,35, além da suspensão do direito de dirigir.

Os testes toxicológicos são feitos com a coleta de cabelos, pelos ou unhas (queratina). No resultado, é apontado se houve uso regular de drogas nos últimos 90 dias.

Drogas que podem positivar o exame:

  • Anfetamina (rebite);
  • Cocaína e derivados, como o crack;
  • Maconha e seus derivados, como skank e haxixe;
  • Ecstasy, conhecido como “bala” (MDMA, MDA, MDE);
  • Codeína;
  • Metanfetaminas, como meth, ice e speed;
  • Heroína.

A associação comentou que o consumo de energéticos, antidepressivos, álcool, anabolizantes, calmantes e similares não influenciam no resultado do laudo do exame toxicológico.

Com informações:G1/PR

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