Entre os estados brasileiros, o Paraná é o primeiro colocado em número de adoções internacionais. Os dados constam no relatório estatístico da Polícia Federal, referente ao ano de 2018. Segundo o levantamento, foram 69 adoções internacionais consolidadas no país. Deste total, 20 foram efetuadas no Paraná. Os estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina ficaram com a segunda colocação, com 9 adoções cada um. O Rio de Janeiro, com 7 adoções, ficou em terceiro lugar.
De acordo com informações da Corregedoria-Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), a maioria das adoções foi para o pais do continente europeu. França e Itália adotaram 16 crianças brasileiras. Os candidatos a pais adotivos franceses puderam concretizar o sonho de 11 crianças que receberam um lar, já os italianos adotaram cinco. Outras quatro crianças estão sob os cuidados de pais americanos.
A Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), que faz parte da estrutura administrativa da Corregedoria-Geral da Justiça, é o setor responsável pelas adoções internacionais no Paraná. A iniciativa de criar a CEJA no estado foi pioneira no país. Ela foi instituída pelo Decreto Judiciário n° 21/1989, em momento anterior à edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Por meio do trabalho desenvolvido pela CEJA, mais de 1.700 menores já foram adotados no Paraná, o que lhes proporcionou o exercício do direito fundamental à convivência familiar permanente, de modo a assegurar o pleno desenvolvimento, com recursos afetivos e materiais considerados essenciais para atendimento às demandas da criança ou do adolescente.
Os pedidos de habilitação são minuciosamente analisados, conferidos e submetidos ao parecer técnico da equipe multidisciplinar. São submetidos, ainda, ao Ministério Público e, depois, à apreciação do Órgão Colegiado, formado por Desembargadores, Procuradores de Justiça, Juízes, Promotores, Médicos, Assistentes Sociais, Psicólogos, pela Coordenadoria Técnico-Administrativa da CEJA, e pelo Presidente do Tribunal.
Fonte: Bem Paraná
Foto: CNJ/Divulgação
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