O WhatsApp limitá globalmente para cinco o número de vezes que um usuário pode reenviar uma mensagem para contatos ou grupos, em uma tentativa de combater disseminação de informações falsas e rumores, afirmaram executivos da companhia nesta segunda-feira, 21.
“Estamos impondo um limite de cinco mensagens em todo o mundo a partir de hoje”, disse Victoria Grand, vice-presidente de comunicações do WhatsApp, em evento na capital da Indonésia.
Anteriormente, o usuário do WhatsApp podia reenviar uma mensagem para 20 contatos ou grupos. O limite de cinco reenvios expande para o nível global uma medida que a empresa colocou em prática na Índia em julho, depois da disseminação de rumores em mídias sociais que levaram a assassinatos e tentativas de linchamento. Antes de julho, o limite era de 250 mensagens.
Agora, se um usuário tenta encaminhar para mensagens para um número superior a cinco, surge uma mensagem informando o novo limite.
Mesmo sem anúncio oficial, o novo recurso já estava em testes desde dezembro – alguns usuários brasileiros já haviam se deparado com a mudança.
O WhatsApp, que tem 1,5 bilhão de usuários, está tentando encontrar formas de impedir o uso indevido do aplicativo, em meio a preocupações globais de que a plataforma está sendo usada para disseminar notícias falsas, fotos manipuladas, vídeos fora de contexto e boatos transmitidos por mensagens de áudio.
Durante as eleições brasileiras, em outubro passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia sugerido à empresa o limite de cinco mensagens como forma de combater a disseminação de notícias falsas. Na mesma época, o serviço derrubou contas suspeitas de dispararem mensagens em massa.
A encriptação de ponta a ponta do aplicativo permite que grupos de centenas de usuários troquem textos, fotos e vídeo fora do alcance de checadores de fatos ou mesmo da própria plataforma.
O WhatsApp vai lançar uma atualização para ativar o limite a partir desta segunda-feira, afirmou diretor de comunicações do WhatsApp, Carl Woog. Os usuários de dispositivos Android receberão a atualização primeiro e depois os usuários de aparelhos da Apple terão que atualizar o aplicativo.
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(Via Estadão)