A operação ‘Ductos’ foi deflagrada nesta segunda-feira (20), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, que deve cumprir 16 mandados de prisão temporária e 50 mandados de busca e apreensão. As prisões temporárias (por cinco dias) têm como alvo empresários e servidores da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa e incluem ainda o bloqueio de imóveis e veículos de 22 pessoas ou empresas. As buscas são cumpridas em 37 residências e 13 empresas, incluindo cinco estabelecimentos privados que ficam em: Ponta Grossa, Cornélio Procópio, Telêmaco Borba e Curitiba; e oito da Sanepar: três em Ponta Grossa, dois em Telêmaco Borba, um em Curitiba, um em Santo Antônio da Platina e um em Cornélio Procópio.
Investigações
As investigações, iniciadas há cerca de dois anos, apuram principalmente o pagamento indevido por serviços não prestados e fraudes em licitações. Teria havido benefício ilegal para empresas, mediante pagamento de propinas a servidores da Sanepar.
A principal empresa beneficiada seria também a organizadora do pagamento de propinas. Há suspeitas de que as empresas organizavam entre si o resultado de processos licitatórios, a partir do acesso a informações internas da Sanepar.
Investiga-se, ainda, o faturamento por serviço não executado integralmente ou por serviço superfaturado, com o uso de medições falsas ou não fiscalizadas por servidores da Sanepar. Em contrapartida, funcionários da Sanepar receberiam propina.
O grupo de empresários que liderava a organização das fraudes montou outras empresas para efetivar os pagamentos ilegais e ocultar sua verdadeira origem. Os crimes investigados são fraude a licitação, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção por meio de organização ou associação criminosa, além de falsidade documental.
Fonte: Paraná Portal
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