O Portal do Norte do Paraná
Brasil

OMS volta atrás e diz que não tem recomendação contra ibuprofeno no tratamento do coronavírus

A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou atrás nesta quinta-feira (19) e retirou a restrição de uso de medicamentos à base de ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A restrição havia sido anunciada na última terça-feira (17).

Apesar disso, o Ministério da Saúde segue recomendando que outros medicamentos sejam usados contra a doença. Em uma publicação em uma rede social na manhã desta quinta, a pasta afirmou que, “por precaução”, recomenda “a substituição do #ibuprofeno por outros analgésicos.” Segundo o ministério, “é fundamental que a substituição de medicamentos seja feita com recomendação de um profissional de saúde.” A recomendação também consta em uma nota técnica, de 17 de março.

Segundo a OMS, a organização “está ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (isto é, ibuprofeno) para o tratamento da febre em pessoas com Covid-19”. No entanto, entidade afirma que “após uma rápida revisão da literatura [pesquisas científicas], a OMS não está ciente dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico”, afirmou a organização, em nota.

Segundo a OMS, a conclusão foi tomada após ouvir médicos que tratam pacientes com Covid-19 e após consultas a pesquisas científicas desenvolvidas até o momento sobre a doença.

A organização reforça que, com base nas informações disponíveis, não há restrições ao uso de Ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19.

Por que havia restrição contra o ibuprofeno?

Na última terça-feira (17), a OMS informou que o mais recomendado em tratamentos contra a Covid-19 era o uso de medicamentos à base de paracetamol.

A indicação ocorreu após o ministro da Saúde francês alertar, no sábado (14), contra o uso do ibuprofeno, que é encontrado em anti-inflamatórios.

Na semana passada, uma pesquisa científica sugeriu que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença. Para o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor clínico do grupo Fleury, em São Paulo, a evidência mostrada na pesquisa não era forte o suficiente. “Existem vários outros anti-inflamatórios, antitérmicos – por exemplo, paracetamol – que têm o mesmo efeito e não têm evidência de que têm esse problema”, lembrou Granato.

Fonte:G1

Essas e outras informações na nossa programação Rádio Cultura AM 930

Postagens relacionadas

Aneel anuncia bandeira tarifária vermelha para novembro

Relator no Senado desiste de criar imposto para bancar redução do preço dos combustíveis

Auxílio Emergencial: Caixa suspendeu ‘centenas de milhares’ de contas digitais por suspeita de fraude

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais