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“O medo de morrer pode nos mostrar como viver”, relata Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá, após se recuperar da covid-19

O ex-prefeito de Maringá, Silvio de Barros, falou à Rádio Novo Tempo sobre sua recuperação e a experiência de reflexão sobre a vida e a morte que teve após ter contraído a covid-19, infecção causada pelo coronavírus. Ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa no dia 30 de março. No dia 1º de abril ele teve alta da unidade e no dia 3 foi liberado para voltar para sua casa.

O ex-prefeito, que é cristão, relatou que chegou a pensar, inicialmente, que foi azarado por ter contraído a doença. A confirmação ocorreu uma semana após ele ter apresentado os primeiros sintomas – tosse e dificuldade para respirar. Ele contou que sempre cuidou da saúde, que é vegetariano há mais de 40 anos, não fuma e nem toma bebidas alcoólicas.

O que o fez perceber que na verdade foi agraciado foi a volta para casa – ele viu os números de casos de coronavírus e o colapso que pode ocorrer com o sistema de saúde por conta do aumento do contágio. “Deus foi bom comigo me permitindo ser contaminado agora. Tive condição de ser bem atendido no hospital”, afirma.

Segundo o ex-prefeito de Maringá, durante o internamento ele teve momentos de profunda reflexão e chegou a pensar no pior, que realmente poderia morrer. Ele conta que teve conversas muito íntimas e particulares com Deus.

A filha de Silvio, Ana Tereza, é psicóloga especializada em terapia do luto. Ele ainda disse, na participação na Rádio Novo Tempo, que profissionalmente a filha orienta sobre a diretiva antecipada de vontade. Não é um documento com força legal no Brasil, mas serve como um registro para os familiares acerca de como a pessoa gostaria de terminar a vida – orientações sobre o funeral, partilha de bens, quem gostaria de ver ou perdoar. Silvio fez sua diretiva e afirma ter sido uma experiência interessante, que todos deveriam ter.

“O medo de morrer pode nos mostrar como viver”, afirmou Silvio. Segundo ele, os momentos que passou internado na UTI o fizeram refletir e repensar sobre muitas coisas e também fortaleceram a sua fé.

Silvio relatou ainda que sua mudança de perspectiva acerca da vida e da fé que leva consigo motivou mudanças em sua rotina – agora ele começa o dia abraçando a esposa, conversa mais com seu filho e vai com ele apreciar o por do sol e agradecer as coisas boas da vida. “Estudos e leitura da bíblia fazem muito mais sentido”, afirma.

Para Silvio, a experiência de ficar doente e sua recuperação geraram gratidão a Deus, à família, aos amigos que oraram por sua recuperação e à equipe médica e de enfermagem que o atenderam.

Por Daiane Valentin

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