O número de mulheres candidatas às eleições municipais do Paraná em 2020 aumentou quase 25% em termos absolutos, em relação à disputa de 2016, segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, 12.363 mulheres se candidataram a prefeituras e câmaras de vereadores no Estado, contra 9.939 há quatro anos.
No mesmo período, o número total de candidaturas de todos os gêneros cresceu de 31.318 em 2016 para 36.719 em 2020, um aumento de 17,24%. Em termos proporcionais, as candidaturas femininas cresceram 5,67%, passando a representar 33,5% do universo de candidatos, contra 31,7% em 2016.
Do total de 34.174 candidatos a vereador, 11.971 ou 35,03% são mulheres no Paraná este ano, contra 9.661 candidatas, ou 33,19% em 2016.
O fenômeno também se repetiu em Curitiba. Na capital paranaense, 408 mulheres são candidatas às eleições deste ano, ou 33,5% do total, contra 351 ou 31% há quatro anos. Em relação aos candidatos a vereador, são 395 candidatas em 2020, ou 33,31% do total, contra 349, ou 31,33% há quatro anos.
No plano nacional, o total de mulheres candidatas chega a 185.044 na eleição de novembro próximo, ou 33,4%, contra 158.450 candidaturas femininas em 2016, ou 31,9%.
Majoritária
Ainda em relação ao Estado, os números despencam quando se consideram as candidaturas a cargos majoritários. Das 1.341 candidaturas a prefeituras do Paraná, apenas 146, ou 10,89% são de mulheres. Entre as candidaturas a vice, apenas 252 ou 18,68% são femininas.
Cota
Em todo o País, as mulheres representam apenas 13,05% (2.495) dos 19.123 candidatos a prefeito nas eleições 2020. Desde 2010, mulheres precisam ser 30% das candidaturas registradas por um partido para os cargos de vereador e deputado, mas a regra não vale para cargos do Executivo. Antes disso, a lei previa a reserva de 30% das vagas para as mulheres, mas os partidos deixavam essas vagas vazias. Além disso, o TSE determinou em 2018 que os partidos também repassem às mulheres candidatas 30% dos recursos do fundo eleitoral, e reservem o mesmo porcentual do espaço na propaganda eleitoral gratuita.
O fim das coligações proporcionais para candidatos a vereador nas eleições deste ano também colaborou para o aumento do número de candidaturas femininas.
Estudo feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e pela ONU Mulheres divulgado em setembro mostrou que o Brasil registra baixos índices de representatividade feminina e de paridade política entre os sexos na comparação com os seus vizinhos da América Latina.
Com informações:Bem Paraná
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