Mais de 4 mil estão desalojados depois de fortes chuvas que atingiram a província de Papua, no leste do país, no sábado.
Pelo menos 79 pessoas morreram nas inundações provocadas pelas fortes chuvas que atingiram a província indonésia de Papua, no leste da Indonésia, de acordo com um novo balanço anunciado nesta segunda-feira (18) pela agência de gerenciamento de desastres. Mais de 70 pessoas ficaram feridas e mais de 4 mil estão desabrigadas.
Entre as vítimas, um bebê de cinco meses resgatado dos escombros foi entregue ao pai, depois que o resto da família morreu na tragédia. “O balanço de mortos ainda pode aumentar porque 43 pessoas estão desaparecidas”, afirmou o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.
Enchentes em Sentani, a cerca de 20 quilômetros da capital provincial de Jayapura, foram causadas por chuvas torrenciais no sábado (16). Dezenas de casas foram danificadas. E, apesar de o nível da água estar diminuindo, as evacuações continuam.
Árvores arrancadas e um monte de detritos cobriram as estradas, enquanto no aeroporto de Jayapura um pequeno avião parece danificado pelas enchentes. O aeroporto da capital regional permanece aberto, informou o Ministério dos Transportes. O governo decretou estado de emergência durante 14 dias, indicou o chefe da polícia Victor Dean Mackbon.
As enchentes são comuns durante a estação chuvosa na Indonésia, de outubro a abril. Em janeiro, pelo menos 70 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra no sul da ilha de Celebes. Nas últimas semanas, centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas nas proximidades do rio Citarum, na província de Java Ocidental, devido a inundações.
A província indonésia de Papua está localizada a oeste da ilha da Nova Guiné, a outra metade é compartilhada pela Papua Nova Guiné, uma antiga colônia australiana que se tornou independente. É uma das regiões mais pobres da Indonésia e palco de confrontos esporádicos entre rebeldes separatistas e o exército.
Fonte: G1/France Presse
Foto destaque: Gusti Tanati/Antara/via Reuters
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