Em Jacarezinho, Norte Pioneiro, uma candidata eleita para o Conselho Tutelar teve a posse suspensa liminarmente pela Justiça, a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a partir de ação civil pública ajuizada pela 2ª Promotoria de Justiça da comarca. O MP sustenta que a mulher cometeu ilegalidades durante o processo eleitoral que inviabilizam sua atuação como conselheira tutelar. São relatados na ação casos de compra de votos, em troca de carne e refrigerante, e de transporte irregular de eleitores.
Na ação, a promotoria sustenta que “a candidata, com a ajuda de seu namorado, ora vereador e presidente da câmara do município, solicitou apoio de amigos no transporte de eleitores para o local de votação, além de infringir as recomendações constantes no edital do concurso quanto à campanha eleitoral”.
A partir desses fatos, o MP requer que a Justiça declare a inidoneidade da candidata e que, assim, não seja legitimada sua participação nas eleições. Como sustenta na ação, “o cargo de conselho tutelar não tem fim político, sendo um processo de escolha individualizado, sem vinculação a partidos políticos. O uso da máquina pública para campanha fez com que a candidata incorresse em abuso de poder político, colocando em cheque sua idoneidade moral.”
A liminar que impede a posse foi deferida pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude de Jacarezinho. As eleições para o Conselho Tutelar foram realizadas em seis de outubro.
Com informações :MP-PR/Portal Paiquerê
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