O Ministério Público (MP-PR) anunciou que está investigando o caso de dona Lázara Maria de Souza, de 84 anos, que foi levada pela filha para realizar a “prova de vida” em uma agência do Banco Itaú em Londrina e acabou sofrendo uma queda e sendo hospitalizada – além de não ter recebido o atendimento adequado.
O MP abriu um procedimento investigatório para ouvir a família da idosa e o gerente da agência bancária. O caso chegou ao MP após uma denúncia da Comissão que Defende os Direitos da Criança, Adolescente, Idoso e da Pessoa com Deficiência (Criai), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A Criai também enviou uma carta ao presidente do banco em São Paulo.
Depois que o processo for concluído, o MP irá analisar o que pode ser feito para responsabilizar os responsáveis. O promotor Miguel Sogaiar, designado para apurar o caso da idosa, afirma que irá se manifestar após a conclusão das oitivas, que ainda não têm data prevista.
Relembre o caso
No último dia 26 de junho, dona Lázara foi levada pela filha, Joelma Aparecida de Souza Carvalho, para fazer a “prova de vida” em uma agência bancária do Itaú no calçadão de Londrina.
Chegando lá, Joelma disse que foi maltratada pelo gerente, que se recusou a descer ao estacionamento. A idosa é cadeirante, sofre de Mal de Alzheimer e trata de um enfisema pulmonar ficando impossibilitada de chegar ao piso superior da agência bancária. Por isso a necessidade de que o gerente se deslocasse até o carro onde dona Lázara se encontrava.
Além da situação constrangedora criada pelo gerente, quando ia entrar na agência com a cadeira de rodas, a filha acabou desequilibrando empurrando o equipamento pela rampa e dona Lázara caiu. A idosa acabou fraturando o braço, teve traumatismo craniano leve e precisou ser internada. Dona Lázara foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol e fez uma tomografia. Depois, foi encaminhada ao Hospital Evangélico.
Ao tomar conhecimento do caso, a Criai tomou providências para garantir os direitos da idosa, levando a denúncia ao Ministério Público.
Por Daiane Valentin
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