O plano de formar uma família, construído ao longo de muitos anos, foi destruído em poucos segundos. Esse foi o trágico destino do sonho de Gregory Hyus Lima de Oliveira, 24 anos, e Daniela Aparecida Rodrigues Morais, 22, na noite de 8 de setembro de 2018.
O que mais o casal fazia era pensar no casamento, mas esse desejo foi ceifado em um acidente de trânsito na BR-369, entre Cambé e Rolândia.
A moto onde eles estavam foi atingida na traseira por um Peugeot que trafegava a mais de 100 km/h, acima da velocidade permitida na rodovia, que é de 70 km/h, como apontou a perícia do Instituto de Criminalística.
Daniela, que pilotava a moto, e Gregory, na garupa, foram arremessados vários metros do local exato da batida e morreram na hora. Na semana passada, surgiu um novo capítulo nesta história.
A Justiça determinou que o futuro de Renan Eduardo Irmer, o condutor do Peugeot, e do amigo dele, também envolvido na corrida irregular, será definido em júri popular. A decisão é da juíza criminal de Cambé, Jéssica Valeria Catabriga Guarnier. O julgamento ainda não foi marcado.
Racha
As investigações da Polícia Civil revelaram um fato que causou ainda mais espanto nas famílias das vítimas. O motorista participava de um racha e fugiu sem prestar nenhum socorro. Para piorar, ele dirigia com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida desde fevereiro de 2017, ou seja, há mais de um ano e meio.
Com base no inquérito, o Ministério Público disse que Renan tinha bebido antes de conduzir o veículo, o que motivou a denúncia por embriaguez ao volante, além de outros crimes. Durante as audiências, o jovem negou ter ingerido bebida alcoólica. “Não participei de racha. Não me lembro de muita coisa depois da batida“, disse ao ser interrogado pela magistrada. Ao longo do processo, tanto ele quanto o colega não chegaram a ser presos, condição mantida na sentença judicial.
Com:Rafael Machado – Grupo Folha/Bonde
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