Uma briga entre facções rivais motivou a rebelião ocorrida na noite de ontem (17) na Cadeia Pública de Ibiporã, segundo as informações da Polícia Civil. Durante o tumulto dentro da carceragem, os detentos atearam fogo em colchões, que provocaram o incêndio.
As chamas se espalharam em uma das alas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, juntamente com a Polícia Militar e a Seção de Operações Especiais (SOE), do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), por volta das 22 horas.
Foram deslocados três caminhões dos bombeiros para controlar o incêndio. Familiares dos detentos foram para a frente da delegacia em busca de informações quando souberam do ocorrido e o prédio teve que ser cercado por equipes do Batalhão de Choque da PM.
Mortes
Seis presos morreram e os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Londrina. Análises periciais vão confirmar se as mortes ocorreram antes do incêndio, durante o tumulto e confronto entre as facções, ou se foram causadas pelo fogo. Há informações de que outros 20 detentos precisaram ser hospitalizados porque inalaram fumaça ou tiveram queimaduras. Eles foram encaminhados para o Hospital Universitário de Londrina.
A rebelião terminou por volta das 2 horas desta terça-feira (18) e nenhum preso fugiu. A Polícia Civil confirmou a identidade dos mortos no incêndio, são eles: Danilo Lúcio Lopes Rodrigues, Jonas Gonçalves de Queiroz, Jorge Luiz de Almeida, Marcelo Henrique dos Santos, Rikelme Perez Segalla e Ronaldo de Oliveira Pinheiro Filho.
A Polícia Civil vai instaurar um inquérito policial para apurar as circunstâncias do ocorrido.
Superlotação
A Cadeia de Ibiporã comporta 35 presos e estava superlotada, com pelo menos 100 presos acima da capacidade. No dia 31 de julho, 20 detentos haviam fugido por um buraco no telhado do prédio.
O prefeito de Ibiporã, João Coloniezi se reuniu com membros do Conseg e da Polícia Civil, no início deste mês, e o prédio da cadeia deve mudar de lugar.
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