A morte de um rapaz de 18 anos na tarde desta quinta-feira (12) em Guaravera revoltou moradores do Distrito: eles afirmam que o atendimento médico é muito precário e que, em casos graves, precisam se deslocar por conta própria até Tamarana, a cerca de 25 quilômetros de distância. “Só temos um posto de saúde, ele funciona das 7h às 15h, mas o médico vai embora ao meio-dia e apenas quatro técnicas de enfermagem e uma enfermeira ficam na UBS. Talvez se tivesse um médico de plantão aqui, meu sobrinho ainda estaria vivo”, afirmou Odete do Prado Fonseca, de 56 anos. Ela é tia de João Eduardo Fonseca, de 18 anos, morto após um ataque cardíaco. Diabético, ele chegou inconsciente à Unidade de Saúde levado pelo avô – obeso e com a taxa de glicemia alta, ele teve uma parada cardíaca.
Guardas Municipais e equipe da UBS fizeram massagem cardíaca até a chegada do helicóptero do SAMU, mas ele não resistiu. Moradores do distrito que presenciaram o atendimento alegam que a equipe médica demorou cerca de uma hora e meia, versão contestada pela Secretaria de Saúde de Londrina. “O paciente chegou com uma tava de glicemia de 400 mg/dl e há histórico de diabetes na família; a equipe do posto de saúde fez todos os procedimentos necessários até a chegada do SAMU, que demorou 15 minutos, mas infelizmente não foi possível salvá-lo”, informou o secretário Felippe Machado.
A população de Guaravera diz que há muito tempo a prefeitura promete aumentar o quadro médico do distrito, mas, por enquanto, a promessa não foi cumprida. “A gente corre risco na estrada para buscar socorro em outro lugar, porque aqui não temos estrutura”, explicou a dona de casa Ana Claudia da Silva, de 29 anos.
Fonte: Tarobá News
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