Mensagens de WhatsApp divulgadas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, mostram o presidente Jair Bolsonaro preocupado com as investigações da Polícia Federal contra 12 deputados federais, na CPI das Fake News.
Nas mensagens, Bolsonaro cita uma reportagem do site O Antagonista que fala sobre a investigação, e alega que esse é mais um motivo para a troca de Maurício Valeixo da direção geral da corporação.
Moro então responde o presidente afirmando que o inquérito era conduzido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. O ex-ministro pontua que Moraes autorizou todas as diligências, quebras e buscas desse caso.
A CPI das Fakes News é formada por deputados e senadores e desde 2019 investiga casos de notícias falsas e de assédio nas redes sociais. No início das investigações o foco era as eleições de 2018, mas as análises avançaram e empresas e políticos seguem sendo investigados pela PF.
Recentemente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), prorrogou o prazo das investigações até o final da pandemia do coronavírus. A medida desagradou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), que havia solicitado ao STF que encerrasse as ações da CPI das Fake News.
CONVERSA COM ZAMBELLI
Também foi divulgado por Sergio Moro para o Jornal Nacional uma conversa do ex-ministro com a deputado federal Carla Zambelli (PSL).
Na conversa, Zambelli pede que Moro aceite Alexandre Ramage -que foi nomeado na noite desta sexta-feira como novo diretor-geral da PF. A deputada lembra que Moro com isso poderia ir no mês de setembro para o STF e que iria insistir para que Jair Bolsonaro fizesse essa indicação.
Moro então responde que “não está a venda” e Zambelli retorna dizendo que “se existe alguém no Brasil que não está a venda é o senhor”. A deputada ainda aponta que a saída do ex-ministro iria fazer com que milhões de brasileiros deixassem a base do governo.
Fonte:G1
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