A honestidade de um morador de Paranavaí, no noroeste do Paraná, salvou a empresa que pertencia a um homem que morreu por complicações da Covid-19 há dez dias. O prestador de serviços, André Pereira Ferrari, encontrou uma pasta com R$ 28.500 em uma avenida da cidade e devolveu para a pessoa que perdeu.
“Passou um carro em cima, abriu ela e deu uma espalhada. Outros carros estavam vindo, eles pararam e eu juntei tudo que tinha caído, coloquei dentro da caixa. Fiz o meu serviço e pensei ‘depois eu volto e procuro quem é o dono’. Achei um telefone na pasta e liguei para o dono do dinheiro”, contou o prestador de serviços.
O responsável pelo dinheiro era o encarregado de produção Cícero Ferreira dos Passos, que distraído, deixou a pasta no teto do carro, e nem viu quando ela caiu no meio da rua.
“Fiz o trajeto de onde perdi a pasta, procurei com os comerciantes, para ver se conseguia encontra-la, também entrei em contato com o pessoal da Guarda Municipal, da Polícia Militar, fui muito bem recebido por todos. Estava indo fazer o boletim de ocorrência para poder tentar sustar os cheques”, disse.
Na pasta estavam dois envelopes com R$ 4 mil em espécie cada um, quatro cheques de R$ 5 mil e um outro de R$ 500, além de documentos.
O dinheiro, os cheques e os documentos eram da empresa do cunhado de Cícero dos Passos, que morreu por complicações da Covid-19. Cícero está ajudando a irmã na administração da empresa para manter o legado deixado pelo cunhado.
Depois de perder a pasta, desesperado, o encarregado de produção pensou até em vender o próprio carro para pagar os prejuízos da empresa. Mas, a história teve um final feliz por causa da honestidade de André Ferrari.
Depois de duas horas de buscas, o Cícero encontrou o André e a pasta, com tudo que estava dentro.
“Não é a primeira vez que acontece, já tiveram outras vezes que achei coisas e devolvi”, enfatizou André Ferrari.
“Foi um alívio muito grande, é um valor expressivo e que pode fazer a diferença na vida de muita gente. Só tenho a agradecer a Deus por terem colocado uma pessoa de bom caráter e honesta no meu caminho. Ele só estava preocupado em devolver a pasta”, concluiu Cícero dos Passos.
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(Via G1 Paraná)