A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, assinou na manhã desta terça-feira (15), a Instrução Normativa que autoriza a suspensão da vacinação contra a febre aftosa no estado do Paraná a partir de novembro. A solenidade foi no Palácio Iguaçu, em Curitiba.
Com isso, a partir de novembro, o rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bufalinos do estado não será mais vacinado contra a febre aftosa.
O Ministério fará o monitoramento do Paraná para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas e, posteriormente, irá reconhecer nacionalmente o estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. Essa etapa está dentro do objetivo brasileiro de ampliar gradualmente as áreas sem vacinação contra a doença no país, previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017/2026).
Em coletiva de imprensa, Tereza Cristina afirmou que o Paraná está preparado para a suspensão da vacina.
O estado está caminhando para finalizar, até o final do ano, as ações pendentes para se tornar área livre sem vacinação, com a contratação de médicos veterinários e técnicos para atuação na vigilância para a febre aftosa e a construção de um posto de fiscalização agropecuária, na divisa com São Paulo.
Ratinho Junior ressaltou, durante a coletiva, que a medida é um salto importante para a agropecuária do Estado.
Não haverá modificações no trânsito de animais e produtos e subprodutos de origem animal provenientes ou destinados ao Paraná até 31 de dezembro deste ano. A partir de 2020, será proibido o ingresso de animais vacinados, bovinos e bufalinos, no Estado do Paraná. Posteriormente, quando houver o reconhecimento nacional do estado como livre de febre aftosa sem vacinação, assim como já ocorre em Santa Catarina, as demais regras de trânsito de animais suscetíveis à febre aftosa e seus produtos passará a vigorar conforme legislação vigente.
Por fim, seguindo os trâmites da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em setembro de 2020, o Brasil vai pleitear o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, que deverá ser oficializado pela OIE, em maio de 2021.
Com informações do Ministério da Agricultura
Foto: Divulgação/Embrapa
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