O médico da UPA Sol acusado de assédio sexual por uma paciente, na manhã desta terça-feira (12), foi ouvido pelo delegado de plantão e autuado por violência psicológica. Em seguida, o profissional foi liberado.
“Depois de ouvir todas as testemunhas, eu entendi que o melhor enquadramento seria esse porque ela não reporta em momento algum que ele tenha tocado nela, que ele tenha pedido a ela que tirasse a roupa, que a tenha cantado. Mas a fala dele, segundo ela, a teria abalado bastante”, disse o delegado Roberto Fernandes.
A paciente registrou boletim de ocorrência depois de ter procurado a unidade de saúde com dor de garganta. Segundo a mulher, durante a consulta, o médico teria pedido que ela tirasse a calcinha para a aplicação de uma injeção nas nádegas. A paciente disse que se sentiu assediada e saiu correndo de dentro do consultório.
De acordo com o delegado, o médico contou em depoimento que não pediu que a paciente tirasse a calcinha, mas que ela teria dito que estava sem a roupa íntima. “Ele alega que o atendimento foi normal, que ela estava com problema na garganta e ele receitou uma injeção de benzetacil. Normalmente essa injeção é dada nas nádegas e ela disse que estava constrangida de tomar essa injeção porque estaria sem calcinha”, relatou.
O advogado do médico negou as acusações. “Diante do quadro, ele prescreveu o benzetacil, que é uma das alternativas, e ela disse que estaria sem calcinha. Ele disse que não tinha problema porque o médico não faz a injeção, então quem iria fazer iria pedir que ela abaixasse só um pouquinho. Ela aceitou tomar a injeção, ele fez a prescrição e ela saiu da sala”, afirmou Júlio Ribeiro.
O médico acusado do crime trabalha há mais de 20 anos na rede pública de saúde e não teve o nome divulgado.
Com informações:Tarobá News
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