Marcius Melhem se pronunciou sobre a investigação aberta pelo Ministério Público de São Paulo para apurar novas denúncias imputadas a ele. Agora, o ex-diretor de humor da Globo é acusado de praticar violência psicológica e perseguição contra as mulheres que o denunciaram por assédio sexual.
Procurado pelo Metrópoles, Melhem afirmou que essa é uma tentativa de calar sua defesa e de tirar do ar seu canal no YouTube. Ele argumenta que só abriu a página no site depois que as denunciantes concederam entrevista sobre o caso à coluna de Guilherme Amado.
“Ninguém sofreu violência psicológica maior que eu e minhas filhas. Ao contrário das acusadoras, tive minha carreira interrompida, fui ameaçado de morte e tive que deixar por um tempo o país. Minhas filhas sofreram bullying e danos psicológicos que não vão poder superar e estão hoje em tratamento. Foram as acusadoras que levaram a denúncia a público e eu que busquei a Justiça”, argumentou Melhem.
O ator também afirma que a ação do Ministério Público afronta seu direito legal de resposta. “Tentam me calar neste momento porque a opinião pública acordou, as mentiras foram desmascaradas e a verdade ocupou o espaço de acusações sem provas, sem fundamento. A tentativa de me silenciar é mais uma violência. Ao tentar me impedir de exercer a minha defesa, as acusadoras querem me censurar e tirar a minha voz. Algo que contraria o Estado Democrático de Direito”, diz.
“Ontem fiz uma live de duas horas no YouTube sobre esse assunto, mas boa parte da imprensa segue ignorando as provas e os argumentos que apresento. Se interessam apenas quando conseguem colocar a palavra ‘acusação’ na manchete. Mesmo que a acusação seja para silenciar a verdade”, completa Melhem.
Entenda o caso
A nova investigação contra Melhem foi aberta em 22 de agosto pelo Ministério Público de São Paulo e mira vídeos que o ator publicou em seu canal no YouTube, rebatendo as acusações feitas por Dani Calabresa e outras ex-colegas ao Metrópoles. O ex-diretor do núcleo de humor da emissora chegou a exibir trocas de mensagens antigas com as mulheres, algumas delas com conteúdo sexual.
Na representação, o promotor Paulo Henrique Castex afirma que as atrizes se dizem vítimas de uma campanha difamatória, o que teria gerado ataques de ódio na internet direcionados a elas e causado transtornos psicológicos e psiquiátricos. O ator deve ser ouvido pela Justiça em 15 de setembro.
Melhem também se tornou réu por assédio sexual contra às atrizes Georgiana Góes e Carol Portes e contra uma jornalista, que terá o nome preservado pelo portal, já que ela não tornou pública a acusação de assédio até hoje.
Com informações:Metrópoles
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