A forte tempestade do último fim de semana no Paraná, com ventos que passaram de 70 km/h, causou danos em 69 municípios, especialmente das regiões Oeste e Noroeste. Os dados são da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (Cedec), que ainda apontam 7.782 casas danificadas e 35.091 pessoas afetadas. Os registros também mostram que 714 ficaram desalojadas e 17 desabrigadas. Duas pessoas morreram, uma atingida por descarga elétrica em Foz do Iguaçu, e outra por uma árvore em Londrina.
Com o objetivo de amenizar o impacto dos estragos, a Defesa Civil do Paraná envia desde sábado (23) materiais para as regiões atingidas. Já foram distribuídas 300 lonas, 15 mil telhas, além de colchões e cobertores. Os itens representam cerca de R$ 400 mil em insumos direcionados para os municípios paranaenses.
Para acompanhar a força-tarefa estabelecida no Estado, o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, visitaram, nesta terça (26) e quarta (27), três dos municípios mais atingidos pelo temporal: Japurá e Rondon, ambos no Noroeste, e Foz do Iguaçu, no Oeste.
O governo federal liberou recursos para Japurá no valor de R$ 172.750,00, para compra de outros itens de ajuda humanitária. Mais aportes deverão ser destinados às cidades, conforme o preenchimento adequado das documentações por parte dos prefeitos.
Segundo o secretário nacional, a missão, através do grupo de apoio ao desastre, vai facilitar o reconhecimento federal de situação de emergência e a liberação de recursos para as cidades afetadas. “Além do apoio a Japurá, atenderemos Indianópolis e Rondon. Há, ainda, uma equipe na região de Foz do Iguaçu, analisando os municípios do entorno. O nosso objetivo é socorrer os paranaenses com a maior brevidade possível”, disse.
Analistas da Defesa Civil Estadual também atuam para orientar e auxiliar as administrações municipais nas documentações necessárias, permitindo que o apoio chegue o mais rápido possível aos locais mais afetados.
“Estamos empenhando todos os esforços necessários para dar assistência aos paranaenses. Esse reforço do governo federal vai contribuir para dar continuidade ao atendimento das famílias de Japurá”, destacou o coronel Fernando Schunig. A comitiva estadual e federal ainda deverá visitar Ramilândia e Indianópolis, na região Oeste.
Os municípios atingidos com a tempestade foram Alto Paraíso, Alvorada do Sul, Ângulo, Assis Chateaubriand, Astorga, Barracão, Braganey, Cafeara, Cascavel, Centenário do Sul, Céu Azul, Corumbataí do Sul, Cruzeiro do Oeste, Diamante do Oeste, Farol, Flórida, Foz do Iguaçu, Francisco Alves, Goioerê, Guaraci, Guaraqueçaba, Guaratuba, Ibiporã, Iguaraçu, Inajá, Indianópolis, Itaipulândia, Itaúna do Sul, Jacarezinho, Jaguapitã, Japurá, Jardim Olinda, Lidianópolis, Londrina, Lupionópolis, Mandaguaçu, Maringá, Matelândia, Medianeira, Moreira Sales, Nossa Senhora das Graças e Nova Olímpia.
As chuvas também causaram estragos em Ourizona, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranavaí, Pato Bragado, Pérola, Querência do Norte, Ramilândia, Rondon, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Helena, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, Santo Antônio do Paraíso, Santo Inácio, São Carlos do Ivaí, São João do Ivaí, São Jorge do Ivaí, São Jorge do Oeste, São Jorge do Patrocínio, São Miguel do Iguaçu, Terra Rica, Terra Roxa, Tupãssi, Umuarama, Vera Cruz do Oeste e Xambrê.
UNIOESTE – Parte da comitiva visitou a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), câmpus Foz do Iguaçu, que teve a estrutura danificada. Estiveram no local o representante nacional da Defesa Civil, Marcos Vinícius Borges, e integrantes da Defesa Civil estadual.
“Viemos para ajudar o município a montar os plano de trabalho para solicitar recurso ao governo federal, com a finalidade de restabelecer as áreas atingidas pelo granizo e vendaval”, explicou Borges.
Imbuída pelo espírito de solidariedade, a comunidade acadêmica da instituição também se mobiliza para recuperar as instalações. A partir da campanha “Todos por Foz”, são realizadas iniciativas que vão desde a distribuição de novos móveis até o conserto do telhado, muito atingido.
O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, ressaltou que, apesar do vendaval intenso, felizmente ninguém se feriu dentro do câmpus. “O estrago foi muito grande, mas a Universidade está inteira e unida. Temos certeza que receberemos o auxílio necessário para reconstruir o mais breve possível o espaço”, afirmou.
AEN
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