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Mãe diz que filha teve que ser internada após brincar com ‘slime’ e ficar intoxicada

O relato de uma mãe viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (22): a filha de 12 anos foi internada em um hospital na cidade de São Paulo devido à intensa brincadeira com “slime”, a nova geleca, que a “envenenou”.

Há pelo menos um ano, o sucesso dos anos 1980 e 1990 foi gourmetizado, ganhou o nome de “slime” (em livre tradução significa “baba” ou “gosma”) e virou febre no mundo todo novamente. As crianças se interessaram pela alquimia da produção e, no Google, a expressão “slime receita” conta com 1,5 milhão de opções.

O slime é a massa colorida, de aspecto gosmento, que pode ser comprada em lojas ou produzida em casa. O bórax é um dos ingredientes usados, mas ele tem ácido bórico em sua composição e pode causar inchaço, vermelhidão e queimaduras no contato com a pele.

Se ingerido ou inalado em grandes quantidades, o bórax pode provocar ainda dor abdominal, náuseas, vômito e até hemorragia no sistema digestivo. O contato constante com as mãos pode levar a dermatites e desgaste das digitais, com potencial de provocar lesões.

Os riscos da brincadeira também já eram alertados pelos especialistas. Médicos explicaram em diversas reportagens que os produtos – em geral, cola, espuma de barbear, água boricada, bicarbonato de sódio, corante e ácido bórico – poderiam ser tóxicos em dosagens erradas.A venda do bórax chegou a ser proibida no Brasil.

Relato

Na quarta-feira, no entanto, a mãe Cris Pagano relatou nas redes sociais que a filha está internada há mais de uma semana com um quadro de gastroenterite. Ela disse que os exames apresentavam resultados normais, exceto por uma inflamação nos gânglios linfáticos, que combatem infecções e sinalizam quando um paciente está doente.

O médico, então, segundo Cris, desconfiou dos “slimes” que a menina continuava produzindo no quarto hospitalar e constatou que se tratava de um envenenamento por ácido bórico.

Repercussão

O post da mulher rapidamente repercutiu entre outras mães, que relataram sintomas similares em seus filhos, como enjoos, e pediam mais informações. Cris respondeu algumas mensagens, explicava que a intoxicação havia ocorrido pelo contato com a pele, e disse que ainda não havia previsão de alta, pois a menina ainda vomitava.

“Fiz o post para alertar os amigos, e fiquei impressionada com a quantidade de pais e mães que me mandaram mensagens sobre os filhos com os mesmos sintomas e sem diagnóstico. No Brasil não existe teste para detectar o boro no sangue, mas meu médico está em contato com o Ceatox e soube de muitos casos como o das nossas filhas”, respondeu em um comentário.

Saiba mais na programação da Rádio Cultura AM 930

(Via Portal G1)

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