O Ministério Público do Paraná entrou com uma nova ação na Justiça para o fechamento do comércio e paralisação de atividades não essenciais em Londrina por causa da pandemia. A ação está na 1 Vara da Fazenda Pública, mas o juiz Marcos José Vieira quer explicações da Prefeitura de Londrina antes de decidir.
O pedido de medidas mais restritivas foi feito pela promotora Suzana de Lacerda, embasado na alta taxa de ocupação de leitos de UTI destinados à covid-19 e infecção no município, que registra 8.809 casos confirmados e 236 mortes. Só na segunda (21), foram três casos, de uma mulher de 37 anos, e dois homens, de 49 e 74 anos. De acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde, 76 pessoas estão internadas, sendo 44 nas UTIs. A promotora apontou inclusive que as medidas vem sendo sugeridas pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública de Londrina (Coesp) desde agosto. Segundo ela, só desta forma será possível “controlar o contágio, impedir o colapso do sistema e poupar vidas”.
A RPC TV mostrou, na edição de hoje do jornal Meio Dia que as UTIs não covid, ou seja, aquelas destinadas à outros casos clínicos, estão com superlotação na Santa Casa, Hospital Evangélico e Hospital Universitário. Isso pode comprometer toda o sistema de saúde do Município, que recebe também pacientes de outras 97 cidades da região.
Enquanto isso, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e a Associação Brasileira de Bares (Abrabar) vão pelo caminho opostos, pedindo ampliação do horário do comércio e reabertura dos bares. A Abrabar entrou, inclusive, com uma ação nesse sentido. A Acil, por sua vez, tenta negociar a revogação do decreto municipal publicado na segunda-feira, que prorroga até 28 de setembro, o horário do comércio de rua das 10 às 16 horas e dos shoppings, das 11 às 19 horas, de segunda a sexta-feira.
Informações: O Londrinense
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(Foto/Via: Marcelo Camargo/Agência Brasil)