Em todo o município, 749 casos já foram confirmados pela Saúde.
Mais uma morte por dengue foi confirmada em Londrina. A vítima é um homem de 74 anos que residia em Paiquerê, na zona rural. Trata-se do quinto óbito em 2019. Nos anos de 2018 e 2017, não foram registradas mortes pela doença no município. A vítima mais recente já tinha comorbidades, como uma disfunção pulmonar crônica e hipertensão. Ele ficou três dias internado e, em virtude de uma pneumonia, não resistiu.
Conforme matéria publicada nesta semana, boa parte dos 2.479 habitantes do distrito já teve dengue ou algum parente que foi infectado. No último boletim epidemiológico, 11 casos da doença foram confirmados em Paiquerê, segundo a Secretaria de Saúde de Londrina. Contudo, os moradores do distrito alegam que mais de cem pessoas têm a doença.
Pelos dados municipais, a incidência de dengue em Paiquerê é a segunda maior de todas as regiões de Londrina: 443,7 casos confirmados por 100 mil habitantes, atrás somente do Jardim Itapoã, na zona sul da cidade, com 2.740,3.
Mesmo com os números preocupantes, a diretora de Vigilância em Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, aponta que o fumacê foi aplicado no distrito, em três ciclos, e todos os imóveis foram vistoriados. Fernandes explica que a tendência natural da dengue é oscilar de ano para ano. “Em 2016 tivemos um número elevado de casos, com uma morte. É normal que nos anos seguintes não tenha dengue. Agora, em 2019, voltou. Esse ciclo é normal, em todos os municípios é possível observar isso”, lembrou.
Ainda que Paiquerê não tenha agentes de endemia fixos, uma equipe de Londrina costumeiramente vai ao distrito. Em toda a zona rural, 19 casos foram registrados. Outros distritos preocupam, como o Regina (4), Irerê (3) e Lerroville (1).
O boletim da dengue divulgado na quinta-feira (25) aponta que Londrina já confirmou 749 casos da doença. Os dados são referentes ao período de 30 de dezembro de 2018 a 17 de abril. São 36 casos confirmados a mais do que na semana passada, quando o balanço apontava 713. A zona sul continua sendo a região mais crítica, com 485 casos, seguida do centro (79), norte (77), oeste (56) e leste (33).
“As pessoas acabam depositando lixo em fundo de vale, contribuindo para a proliferação do mosquito. A Sema (Secretaria do Meio Ambiente) e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), além da própria Saúde, vão até esses locais quando denunciados”, destacou Fernandes.
Fonte: Folha de Londrina
Foto: Luis Robayo/AFP
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