Um grupo de aproximadamente 50 pessoas protestaram contra a obrigatoriedade da vacinação de servidores municipais de Londrina e também contra o passaporte sanitário. Os manifestantes se reuniram no último domingo na rotatória das avenidas JK e Higienópolis.
Segurando faixas e cartazes e entoando gritos de liberdade, o protesto tinha como alvo o prefeito Marcelo Belinati, que assinou um decreto no dia 30 de setembro, onde a vacina contra a Covid-19 passou a ser considerada item obrigatório para qualquer pessoa que trabalhe nos órgãos e entidades da administração pública do município.
A medida vale para todos servidores, empregados e agentes públicos, que possuem vinculo funcional com o município. Incluindo estagiários e funcionários terceirizados. Londrina tem aproximadamente dez mil servidores municipais. Um levantamento interno apontou que até a data da assinatura do decreto, em torno de 750 ainda não haviam se cadastrado no sistema de vacinação da prefeitura.
Além do novo decreto, a prefeitura Londrina já possui normativas que determinam que servidores da saúde cumpram o esquema de vacinação. O município também se baseia no princípio da legalidade, impessoalidade e modalidade, em que o bem coletivo prevalece sobre o individual.
“Obriga os servidores a tomarem as vacinas experimentais sob pena até de responderem processo administrativo e serem exonerados. Mas outras pessoas que não são servidores também se juntaram a nós e estão protestando contra a obrigatoriedade da vacina e o passaporte sanitário”, disse a servidora pública Márcia Amaro.
Já o chamado “passaporte da vacina” está sendo estudado pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina. Caso aprovada, a medida passa a estabelecer a exigência do comprovante de vacinação para entrar em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, shows, entre outros ambientes de lazer. O assunto chegou à Câmara Municipal de Londrina e foi tema de discussão no dia 5 de outubro, na qual os vereadores aprovaram uma indicação contra o passaporte sanitário.
“O passaporte vacinal é inconstitucional no Brasil. Ele cria cidadãos de duas classes, os de primeira classe são os que se submeteram a serem cobaias no experimento sem saber quais são as consequências, e as outras que por não aceitarem serem cobaias são consideradas segunda classe”, afirmou Márcia.
Os manifestantes seguiram até o aterro do Lago Igapó e colocaram cruzes com fotos de quem, segundo eles, morreu após se vacinar contra a Covid-19.
Via:Tarobá News
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