A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu a condenação de 10 réus em um processo que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre Maringá, no norte do Paraná, a Francisco Alves, no noroeste.
As alegações finais do Ministério Público Federal (MPF) na ação foram apresentadas na terça-feira (9). Além das condenações, a força-tarefa pede reparação de danos no valor mínimo de R$ 4 milhões.
Entre os réus, estão Jorge Atherino, apontado como operador do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa. O ex-governador não é réu neste processo. Uma denúncia contra ele foi aceita em outra ação da Operação Piloto.
Segundo a denúncia, a Odebrecht pagava propina a agentes públicos e privados no Paraná em contrapartida ao direcionamento do processo. A estrada é considerada uma das mais perigosas do estado, mas a obra nunca saiu do papel.
A denúncia também aponta que a empreiteira negociou, em 2014, R$ 4 milhões de propina com Roldo. De acordo com as investigações, R$ 3,5 milhões foram efetivamente pagos ao ex-chefe de gabinete.
O que dizem os citados
A defesa de Jorge Atherino disse que o entendimento do MPF não reflete a prova produzida durante o processo.
Os advogados de Beto Richa reiteraram a confiança na inocência do ex-governador e a confiança no Poder Judiciário.
“Sobre o processo envolvendo a PR 323, cumpre esclarecer que recentemente houve a distribuição de ação própria em que figura como parte o ex-governador. Nesta ação, oportunamente, será apresentada defesa que elucidará toda a verdade”, diz a nota.
A reportagem tentou contato e aguarda retorno das defesas de Deonilson Roldo. O G1 tenta contato com a Odebrecht.
Via G1 Paraná
Foto: Divulgação/TCE-PR
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