Seguindo a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, o juiz da Vara Criminal de Rolândia, Alberto José Ludovico, suspendeu os prazos para que o prefeito afastado, Luiz Francisconi Neto, e os demais investigados da Operação Patrocínio apresentem suas defesas.
Doutor Ludovico também determinou que o Ministério Público (MP) apresente alguns documentos que estão faltando no processo, como notas fiscais com problemas de compreensão.
A suspensão foi solicitada por Anderson Mariano, advogado de Francisconi, por entender que a defesa ainda não teve acesso sobre a totalidade do conteúdo investigatório.
Entenda o caso
O desembargador do Tribunal de Justiça Luiz Carlos Xavier suspendeu a tramitação do processo movido pelo Ministério Público contra Francisconi. O político é acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de receber propina em troca do favorecimento da empresa Somopar em um processo licitatório para o aluguel de um barracão que pertencia ao antigo IBC (Instituto Brasileiro do Café).
O esquema foi descrito na Operação Patrocínio, que investiga o suposto recebimento de vantagens indevidas por servidores públicos municipais, pagas por empresários, para alterar contratos com a prefeitura. Além do processo, o prefeito enfrenta uma CP (Comissão Processante) na Câmara Municipal por conta das mesmas supostas irregularidades.
O MP ofereceu denúncia contra 19 pessoas, mas o processo precisou ser desmembrado porque Francisconi tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo TJ. A defesa do prefeito afastado pediu a suspensão do prazo para defesa preliminar, até que o MP organize os documentos no Projudi (sistema de processo eletrônico do TJ).
Foto:Ricardo Chicarelli
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