O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou ontem (2) que avalia alternativas consideradas seguras para substituir a gráfica que imprime o Enem. A empresa RR Donnelley anunciou falência no domingo.
O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), ressalta que o cronograma está mantido. As inscrições ocorrem entre 6 e 7 de maio e as provas, em 3 e 10 de novembro.
A falência da gráfica que imprime o Enem desde 2009 provocou insegurança com relação à realização da prova, uma operação que envolve complexidade de segurança e de logística. O cronograma prevê que a impressão das provas seja realizada até maio. No ano passado, foram impressas 11 milhões de provas.
O anúncio surge em meio a uma crise que envolve demissões e disputas dentro da pasta comandada pelo ministro Ricardo Vélez Rodriguez.
O Inep segue sem presidente desde semana passada, quando Marcus Vinicius Rodrigues foi demitido após polêmica com a avaliação de alfabetização. O diretor da avaliação da Educação Básica do órgão, Paulo Teixeira, se desligou em solidariedade ao demitido. Essa é a diretoria que cuida do Enem.
A reportagem havia pedido esclarecimentos no fim da manhã de segunda-feira (1), mas o órgão só retornou ontem.
“Em relação à falência da gráfica contratada para a diagramação e impressão dos cadernos de prova da edição deste ano do Enem, existem alternativas seguras sendo avaliadas”, diz a nota.
De forma reservada, servidores e ex-funcionários do instituto falaram à reportagem que há grande preocupação com as indefinições e com a ausência de uma pessoa capaz de liderar essa operação.
No ano passado, o Enem recebeu 5,5 milhões de inscrições. Cada estudante faz dois dias de prova e o resultado é a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais.
Está aberto, até 10 de abril, o período para pedido de isenção da taxa de inscrição no Enem 2019 e justificativa de ausência na edição anterior.
Fonte: Folhapress
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