No Dia Mundial das Comunicações, a Igreja Católica chamou a atenção a atenção dos fiéis para a importância de se buscar a informação correta e os cuidados para distinguir o que é realidade daquilo que é invenção, ou seja, as fake news .
Neste domingo, uma missa celebrada pelo arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, na Catedral Metropolitana, comemorou o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema “A verdade vos tornará livres”.
No Dia Mundial das Comunicações Sociais, os bispos e sacerdotes têm a missão de divulgar aos seus fieis a mensagem do Santo Padre. Anualmente, o papa transmite seu comunicado no dia 24 de janeiro, dedicado a São Francisco de Sales, padroeiro dos comunicadores. “Gostaria de contribuir para prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística também. E a responsabilidade pessoal de cada um da comunicação”, disse o papa Francisco em um dos trechos de sua mensagem deste ano.
O assunto é matéria da Folha de Londrina desta segunda (14). De acordo com o arcebispo, há 52 anos que a Igreja Católica começou a se preocupar de maneira mais contundente com a questão da comunicação social. Ele reforça que o Santo Padre está muito preocupado com o poder das chamadas fake news e o jornalismo da paz. “Estamos vendo uma inundação de notícias ou publicações mentirosas que dão sinais de ser um aproveitamento político de uma fragilidade. Então, o papa afirma que hoje, no contexto de uma comunicação cada vez mais rápida e dentro de um sistema digital, assistimos ao fenômeno das notícias falsas”, ressaltou o arcebispo, salientando que na atual circunstância, é preciso refletir sobre a verdade como um instrumento libertador.
Em 1989 o tema a comunicação já havia sido escolhido para a Campanha da Fraternidade e essa preocupação ressurge, quase 30 anos depois, por meio do papa Francisco, reforçada pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), que em sua última reunião do Conselho Permanente se pronunciou sobre as fake news e o perigo que elas representam à sociedade. “Nós estamos em um mundo político, tudo fervilhando. Uma notícia falsa sobre um bom candidato pode destruir toda uma carreira, todo um trabalho, e omitir o que é verdade pode estragar toda a estrutura de um país, uma estrutura democrática”, ponderou.
O arcebispo informou que, no Paraná, a Igreja Católica preparou uma cartilha política para ser distribuída aos fieis e aos jornalistas que atuam nos veículos de comunicação do Estado para ajudar no trabalho de combate às fake news. O material está em fase de impressão e deve ser divulgado em breve. “Segundo ele, o objetivo da cartilha é ajudar o povo a distinguir o que é verdade do que não é para fazer uma eleição limpa, transparente, para que se tenha o que é preciso para conduzir bem os destinos do país.
(Com informações da Folha de Londrina)