O diretor de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Cimar Azeredo, anunciou nesta segunda-feira (3) o adiamento do fim da coleta de dados do Censo Demográfico de 2022 por causa da falta de recenseadores. A previsão anterior era de encerrar no final deste mês. Agora, a previsão de encerramento é dezembro.
O número de recenseadores atualmente está em 95.448, o que corresponde a apenas 52,2% do total de vagas disponíveis e previstas para a operação.
Até esta segunda-feira, já foram contados 104,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 48% da população estimada (215 milhões de pessoas). O ritmo é bem mais lento que o do Censo 2010. Naquele ano, após 57 dias de coleta de dados, tinham sido recenseadas 154 milhões de brasileiros.
“A operação está atrasada. Diante do cenário de atraso e da dificuldade de contratar recenseador, a gente vai prorrogar a coleta de dados para o início de dezembro. Queremos entregar ainda este ano os primeiros dados para cumprir a exigência do Tribunal de Contas do Município, por causa do Fundo de Participação dos Municípios”, afirmou ele.
Azeredo atribuiu ao mercado de trabalho aquecido a dificuldade de contratar recenseadores e minimizou a influência dos atrasos nos pagamentos dos trabalhadores temporários que foram contratados. Ele argumentou que o atraso de pagamentos foi pontual e reflete um problema operacional e não falta de recursos.
O diretor de pesquisas do IBGE admitiu, no entanto, que “provavelmente” serão necessários mais recursos para completar a operação. O orçamento do Censo Demográfico é de R$ 2,3 bilhões, o mesmo valor nominal previsto desde 2019. Isso significa que não houve nenhuma atualização do valor para descontar a inflação registrada em mais de dois anos.
Com informações:G1
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