O Ministério de Minas e Energia pediu ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) um novo estudo sobre o horário de verão diante da “atual conjuntura de escassez hídrica”. O mecanismo de adiantar uma hora nos relógios para aproveitar os dias mais longos foi extinto pelo próprio governo Bolsonaro em 2019.
O governo não informou quando a pesquisa foi solicitada, e nem se há prazo definido para a entrega das conclusões.
Na nota, o ministério reafirma a sua posição de que a contribuição do horário de verão é “limitada”, não tendo identificado, até o momento, que o retorno do programa traria benefícios para redução do consumo de energia no período de pico de demanda.
“Neste sentido, a contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno. Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”, diz o ministério.
Estudo aponta economia
O Instituto Clima e Sociedade (iCS) divulgou um estudo neste mês mostrando que a economia de energia com o horário de verão seria de “2% a 3% no consumo dos meses de verão”.
Se tivesse sido adotado no verão passado, o horário de verão teria economizado 2.500 a 3.800 gigawatt-hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, segundo estimativa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgada pelo Instituto Clima e Sociedade.
Associações empresariais já enviaram carta ao governo pedindo o retorno do horário de verão, pois afirmam que o programa traz benefícios aos negócios.
O decreto que revogou o horário de verão foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2019. Na época, o governo disse que a mudança de horário não trazia economia significante de energia e mexia com o relógio biológico das pessoas.
G1
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