No Brasil, a história do Corpo de Bombeiros começou ainda no século XVI no Rio de Janeiro, quando a Família Real Portuguesa chegou ao país. Deste tempo até a metade do século XIX, os casos de incêndio eram apagados por milicianos ou voluntários e os bombeiros eram avisados por três tiros de canhão e toques de sinos da igreja de São Francisco de Paula. Cada badalada representava o local da freguesia onde o incêndio acontecia. A população ajudava como podia, passando baldes de água retirados de chafarizes de mão em mão.
Os primeiros bombeiros militares apareceram na Marinha para dar conta do número de ocorrência de navios em chamas (feitos de madeira). Era apenas uma especialidade, não uma Corporação. Como curiosidade, foram batizados de bombeiros exatamente por operarem bombas d’água.
Somente em 1763 uma repartição dedicada ao combate de incêndios foi criada no Rio de Janeiro e, em 2 de julho de 1856, um decreto imperial criou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte. Esta mesma data transformou-se no Dia do Bombeiro e na semana de prevenção a incêndios. Por isso, o patrono da corporação foi o Imperador Dom Pedro II.
Desenvolvimento da corporação
Em 1880, a corporação passou a receber caráter militar e foi organizada por ordem hierárquica. Em 1988, a Constituição Brasileira incumbiu os bombeiros como responsáveis também pela defesa civil e subordinados aos Governadores de estado. A única exceção da condição de militar foi após as Revoluções de 1930 e 1932 a fim de diminuir o seu poderio, considerado ameaça ao poder bélico do país. Durante a ditadura, o Corpo de Bombeiros passou a estar vinculado às Polícias Militares, que com a promulgação da nova Constituição em 1988 passou a estar subordinado aos governos estaduais.
Profissão de coragem e múltiplas tarefas
Apesar de estar associada indiscutivelmente ao combate de incêndios, a profissão de bombeiro ganhou tarefas mais amplas, executadas desde a década de 30. O serviço de guarda vidas, salvamentos aquáticos, resgates em altura, montanhas e em incidentes com produtos perigosos são exemplos disso, além de vistorias técnicas em locais de grande concentração popular e atendimento pré-hospitalar (médicos e socorristas).
Fonte: Blog E-Militar
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