Há exatamente um ano, o corpo de Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrado enterrado nos fundos da casa da família na região central de Rolândia. Era um domingo à tarde e muitas pessoas nas redes sociais ainda compartilhavam a foto da pequena Duda, como era chamada, na esperança de encontrá-la bem, mas infelizmente a adolescente já estava morta.
Eduarda estava desaparecida desde a quarta-feira, 24 de abril, depois de chegar do Colégio Estadual Presidente Kennedy. local onde estudava no período da manhã. O sumiço da garota foi apurado pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil.
Com base em várias informações, a Polícia Civil prendeu o pai da garota, Ricardo Seidi, que confessou a ocultação de cadáver, mas não o homicídio. A confissão foi quando a polícia encontrou o corpo da menina.
Seidi em seu depoimento disse que encontrou a filha enforcada em seu quarto e que ela “teria tirado a própria vida”, e ele, em um ato desesperado, enterrou o corpo. Ricardo Seidi continua preso na PEL 1 em Londrina esperando julgamento. Ele foi indiciado por feminicídio, já que um exame do Instituto Médico Legal apontou que Eduarda morreu por esganadura.
A avó de Eduarda, Terezinha de Jesus Guinaia, mãe de Ricardo, prestou depoimento na época e foi presa. O delegado de Rolândia, Bruno Rocha, afirmou que ela negou envolvimento no caso. “A prisão temporária foi baseada no depoimento do próprio filho”, disse ele. Terezinha foi posta em liberdade no dia 27 de junho de 2019.
No último dia 3 de fevereiro , o pai e a avó de Eduarda Shigematsu foram ouvidos. O depoimento de Ricardo Seidi foi realizado por meio de videoconferência. Seidi disse que sua mãe, Terezinha, não sabia que a menina estava morta, mudando a versão inicial.
Terezinha prestou depoimento no de Fórum de Rolândia por mais de duas horas e saiu sem falar com a imprensa.
Em março deste ano, o advogado de defesa de Ricardo Seidi, Sérgio Nogueira, afirmou em entrevista para o Portal Cobra News que há um novo laudo que pode inocentar Seidi do crime de feminicídio.
Segundo o advogado, ele solicitou esse novo laudo por não concordar com o que foi apresentado pelo IML (Instituto Médico Legal) e pela Polícia Científica. De acordo com o advogado, eles ignoraram o relato de Seidi de que havia encontrado a filha enforcada por uma corda, o que caracterizaria um suicídio.
Essas e outras informações na nossa programação Rádio Cultura AM 930